Santa Casa de Araçatuba reforça a importância da mamografia para detectar o câncer de mama

Com a chegada de outubro, a Campanha Outubro Rosa intensifica a conscientização sobre o câncer de mama, a segunda forma de câncer mais comum no Brasil. O objetivo principal é alertar as mulheres acima de 40 anos sobre a importância de realizar mamografias anuais para detectar precocemente a doença.

O mastologista Caio Saito, do CTO (Centro de Tratamento Oncológico) da Santa Casa de Araçatuba, destaca que o exame de mamografia pode reduzir a mortalidade pelo câncer de mama em até 30%, uma vez que permite identificar a doença em fases iniciais, muitas vezes antes do surgimento de sintomas. “O exame é capaz de identificar microcalcificações que ainda não são perceptíveis ao toque”, explica Saito.

Importância do rastreamento

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a realização de mamografias anuais a partir dos 40 anos para mulheres com risco habitual. Para aquelas com histórico familiar ou alterações genéticas, o rastreamento pode começar mais cedo.

Saito ressalta que o autoexame, embora importante, não substitui a mamografia, que oferece imagens detalhadas, permitindo diagnósticos precoces.

Realidade local

O CTO da Santa Casa de Araçatuba registra, em média, 70 novos casos de câncer de mama por mês, tornando a doença a segunda maior em incidência entre as pacientes atendidas. Atualmente, 446 pacientes estão em tratamento, com 114 em quimioterapia e 332 em hormonioterapia. A Santa Casa oferece um atendimento completo, desde consultas especializadas até cirurgias de reconstrução mamária, sendo referência para 40 municípios da região.

Diagnóstico precoce

Apesar dos avanços, Saito observa que o diagnóstico ainda está distante do ideal, com metade das pacientes detectando o câncer em exames de rotina e a outra metade buscando atendimento ao notar sintomas, como alterações na pele ou secreção. O mastologista acredita que o aumento da adesão à mamografia entre pacientes assintomáticas é um sinal positivo.

Um estudo em parceria entre o CTO da Santa Casa e a Liga Unisalesiano de Oncologia está em andamento para fornecer dados mais precisos sobre o perfil dos diagnósticos na região. Embora o resultado seja esperado para 2025, Saito acredita que ainda há mais tumores palpáveis no diagnóstico do que aqueles detectados por imagem.

O mastologista ressalta que o tratamento do câncer de mama evoluiu significativamente. Além das terapias tradicionais, como a quimioterapia, hoje estão disponíveis imunoterapias e terapias alvo, que oferecem melhores respostas, aumentando a sobrevida e qualidade de vida das pacientes.

A cirurgia de reconstrução mamária, implantada na Santa Casa em março de 2023, também representa um avanço importante. Desde então, 12 cirurgias foram realizadas, muitas logo após a mastectomia, proporcionando maior segurança e tranquilidade às pacientes.

Saito conclui que o tratamento integral oferecido na Santa Casa de Araçatuba tem contribuído significativamente para melhorar os resultados no combate ao câncer de mama, fortalecendo o papel do diagnóstico precoce e tratamentos mais modernos e eficazes.

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