A tarifa de ônibus em Araçatuba (SP) pode chegar a R$ 13,68 sem a subvenção à Transportes Urbanos Araçatuba (TUA). A informação é do prefeito Lucas Zanatta (PL), em coletiva à imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (17), no Paço Municipal, com base em dados repassados pela própria concessionária do transporte público do município. O valor é 158,11% maior do que os R$ 5,30 cobrados atualmente.
Zanatta disse que a rejeição, pela Câmara Municipal, ao projeto de lei que previa a subvenção de R$ 500 mil mensais à empresa, foi uma irresponsabilidade, pois há um risco real de paralisação do serviço a partir de janeiro do ano que vem, pois, segundo ele, a TUA não tem condições de manter o serviço sem a verba pública.
“”A proposta de subvenção visava garantir a continuidade do serviço, preservar empregos e assegurar o direito de ir e vir de idosos, pessoas com deficiência, estudantes e trabalhadores”, disse o prefeito. “Sem o repasse, o custo para manter o sistema em operação seria integralmente para a passagem, elevando o valor da tarifa”, reiterou.
O prefeito disse que deverá enviar novamente o projeto à Câmara Municipal, mas não disse quando, pois, segundo ele, precisa do entendimento (leia-se votos) dos vereadores de que a subvenção é necessária para que o transporte coletivo não pare e para que a passagem não se torne inacessível.
Projeto não será alterado
A proposta do prefeito rejeitada pela Câmara previa o repasse de R$ 500 mil mensais, de janeiro de 2026 a julho de 2028, com ajustes anuais conforme o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe). O contrato de concessão com a TUA vai até agosto de 2028.
Ainda conforme o chefe do Executivo, o projeto deverá ser reenviado à Câmara sem alterações, apesar de ter sido rejeitado por 8 votos a 6, durante a 41ª sessão ordinária, realizada no dia 8 de dezembro.
Contrato emergencial
Outra alternativa para evitar que a cidade fique sem transporte, segundo o prefeito, seria a contratação emergencial de uma outra empresa. No entanto, conforme a administração municipal, o custo mensal seria de R$ 1,6 milhão aos cofres públicos.
“É um impacto que forçará a administração municipal a cortar verbas de outras áreas, uma vez que é um gasto que não estava previsto”, afirmou.


