Uma sondagem realizada pela equipe da GS Inima Samar no local onde ocorreu o afundamento do asfalto na avenida Pompeu de Toledo, em Araçatuba (SP), apontou que uma galeria de água pluvial foi construída fora das normas técnicas e apresenta vedação inadequada.
Os trabalhos começaram na segunda-feira (27) para avaliar a integridade do emissário de esgoto. Segundo a concessionária, os problemas indicam a necessidade de uma revisão mais criteriosa da obra executada pela Prefeitura.
No mesmo dia, a administração municipal encaminhou um laudo à Agência Reguladora Daea, indicando que o afundamento teria sido causado por vazamentos na tubulação de esgoto. O documento de 104 páginas recomenda a substituição do emissário de concreto sem armação, de 400 mm, por uma tubulação de 600 mm na pista bairro-centro.
O secretário municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Sandro Cubas, argumentou que a engenharia não permite a conexão de tubulações de diâmetros diferentes sem os devidos ajustes técnicos. Por isso, a Prefeitura defende a realização de reparos urgentes, incluindo a substituição do solo e a recuperação do asfalto.
Por outro lado, a GS Inima Samar contesta a avaliação da Prefeitura. A concessionária informou que teve acesso ao laudo e constatou a ausência de documentação técnica e embasamento suficiente. “Trata-se apenas de uma opinião técnica de fiscalização”, afirmou a empresa em nota.
Diante da divergência, a concessionária sugeriu que a Prefeitura contrate uma assessoria técnica independente para elaborar um laudo definitivo. A empresa também reafirmou sua disposição para colaborar com a solução do problema, mas negou qualquer relação direta entre o afundamento da via e sua rede de esgoto.
Desde o dia 17 de janeiro, o trânsito na Pompeu de Toledo está totalmente interditado entre a rua Anhanguera e a rua Tupinambás. O bloqueio ocorreu após um caminhão ficar preso em um buraco aberto no asfalto.
A via, inaugurada em julho de 2023 após um processo de urbanização iniciado em 2019, passou por obras de canalização do córrego Machadinho e implantação de rede de galerias pluviais. As investigações sobre a causa do afundamento continuam, e a Prefeitura ainda não definiu prazos para a conclusão dos reparos.



