Tanabi enfrenta surto de Cinomose com 8 casos confirmados

Foto: TV TEM/Reprodução

Tanabi (SP) enfrenta um surto de cinomose, com 8 casos positivos registrados entre julho e agosto deste ano. A cidade tem se mobilizado para combater a doença, que afeta exclusivamente cães e é altamente contagiosa. Apesar dos esforços, o número real de casos pode ser ainda maior devido à falta de notificação de casos atendidos em clínicas particulares.

A cidade conta com uma clínica veterinária que realiza testes rápidos gratuitos para a cinomose. Em 2023, foram feitos 10 testes na clínica, com apenas dois resultados negativos. Além dos diagnósticos, a clínica oferece atendimento aos cães diagnosticados com a doença, segundo Carolina da Silva Oliveira, médica veterinária responsável.

A cinomose é uma doença viral que inicialmente causa diarreia e, se não tratada, pode afetar o sistema respiratório e o sistema nervoso central dos animais. Outros sintomas incluem perda de apetite, vômito, febre, secreções nas vias respiratórias, convulsões e falta de coordenação. A falta de tratamento adequado pode levar à morte do animal.

A principal prevenção contra a cinomose é a vacinação, disponível em clínicas particulares com um custo entre R$70 e R$80. O protocolo de vacinação recomenda três doses, iniciando aos 45 dias de vida do cachorro, com reforços anuais subsequentes. A vacinação é fundamental para que o animal desenvolva anticorpos e esteja preparado para combater o vírus, muitas vezes evitando a manifestação dos sintomas clínicos.

Laura Serrano Silva, médica veterinária de uma clínica particular, destacou a importância da vacinação: “Ela produz anticorpos, então quando o animal entra em contato com o vírus, já está imunizado e pronto para combatê-lo.” A falta de conscientização e informação entre os tutores de animais contribui para a propagação da doença.

O caso de Alessandra da Cunha ilustra a tragédia pessoal causada pela cinomose. Ela perdeu seu cachorro para a doença, que não foi vacinado e chegou ao veterinário já em estágio avançado. “Ele começou a perder peso e, um tempo depois, não resistiu. Para quem mora sozinha, a companhia do animal faz muita falta,” lamenta Alessandra.

A prefeitura foi questionada sobre o manejo de cães abandonados, que são frequentemente os mais afetados pela cinomose. No entanto, até a última atualização, não houve resposta sobre o recolhimento desses animais.

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