O treinador de futebol de 42 anos acusado de abusar sexualmente de pelo menos sete adolescentes foi preso na tarde desta sexta-feira (14), em Araçatuba (SP). Os crimes ocorriam na própria escolinha de futebol onde o professor dava aula. Ele nega os fatos.
A delegada titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Luciana Pistori, solicitou a prisão temporária do professor após receber as denúncias. O pedido foi deferido pela Justiça e o mandado de prisão foi cumprido nesta tarde.
O técnico de futebol foi apresentado na DDM e deve passar por audiência de custódia antes de ser encaminhado ao sistema prisional. Ele ficará preso temporariamente por 30 dias, prazo que pode ser prorrogado por mais 30 dias.
O primeiro caso
O primeiro caso de abuso sexual envolvendo o professor foi denunciado à Polícia Civil na última sexta-feira (7), quando a mãe de um adolescente de 12 anos procurou a Polícia Civil para denunciar o professor por abusos contra o seu filho. O homem teria se aproveitado da confiança da família para cometer os crimes.
A mulher, que tem 52 anos, contou à polícia que seu filho sonhava em ser jogador de futebol e amigos indicaram o técnico para treinar o menino.
Como o garoto mora em um assentamento, distante do clube, o técnico se ofereceu para levar e trazer seu filho aos treinos. No entanto, se aproveitava para, durante o trajeto de ida e volta, e também nos treinos, para molestar a vítima.
Há um ano
O adolescente confessou à mãe que vinha sendo molestado sexualmente há um ano, desde novembro do ano passado, quando passou a frequentar os treinos no clube.
Segundo o boletim de ocorrência, o homem mandava o menino se deitar perto do seu genital e se tocava, como forma de assediar o garoto.
Em um episódio dentro do carro, segundo o boletim de ocorrência, o técnico parou o carro e mostrou vídeos de conteúdo sexual ao garoto, no celular.
Além disso, quando chegavam cedo ao clube, o homem mandava o menino ir ao banheiro e subir em um banquinho e, na sequência, tirava o short e a cueca do garoto.
Em outras ocasiões, conforme o relato à polícia, o homem tirava a roupa da vítima, colocava o seu pênis para fora das calças e fazia o menino tocar o seu órgão.
Na volta para casa, fazia as mesmas coisas, além de forçar o menino a beijar o seu rosto e a abraçá-lo, mesmo contra a sua vontade.
Coragem
A vítima revelou que o agressor a ameaçava para que não contasse os fatos a ninguém. A denúncia foi formalizada após a criança ter coragem de revelar os abusos à mãe.
Depois da primeira denúncia, as famílias de outros seis adolescentes procuraram a polícia denunciando supostos abusos sexuais.
Vítimas e testemunhas
A Delegacia de Defesa da Mulher investiga o caso e deverá ouvir testemunhas e vítimas para dar sequência ao inquérito policial.



