Trabalho voluntário de combate ao câncer em Araçatuba completa 60 anos

No domingo (28), a Campanha de Combate ao Câncer de Araçatuba (CCCA) celebrou 60 anos de atuação, oferecendo um serviço essencial aos pacientes que recebem tratamento no Centro de Tratamento Oncológico (CTO) da Santa Casa e em outros centros de atendimento em São Paulo.

Criado como um dos braços da Rede Feminina de Combate ao Câncer Nacional, o grupo de voluntárias em Araçatuba se destaca pelo acolhimento, simbolizado pelo icônico jaleco rosa, e pela assistência dedicada aos doentes e suas famílias.

A CCCA, que substituiu a Rede Feminina de Combate ao Câncer em 2001, não apenas oferece suporte aos pacientes, mas também investe em melhorias logísticas nas unidades que compõem o Serviço de Oncologia da Santa Casa e em outras partes do complexo hospitalar. O provedor do hospital, Petrônio Pereira Lima, destaca a importância da atuação da CCCA, mencionando que a campanha é crucial para humanizar os atendimentos e proporcionar amor e solidariedade aos pacientes e familiares, fortalecendo-os para enfrentar a doença.

A história da CCCA remonta a 1964, quando a presidente nacional da Rede Feminina de Combate ao Câncer, Carmem Prudente, nomeou Virgília Campos Botelho Martins como a primeira presidente da unidade de Araçatuba. Ao longo dos anos, várias mulheres lideraram o grupo, contribuindo para garantir tratamento digno aos pacientes oncológicos na região.

Inicialmente, a CCCA atendia pacientes no Centro Social São José, mas em 1971, a pedido do provedor da Santa Casa, Carlos Castro Neves, o grupo foi convidado a atuar no hospital. Desde então, a CCCA desempenha um papel vital no apoio aos pacientes oncológicos e suas famílias.

Ao longo dos anos, o voluntariado no combate ao câncer contou com a dedicação de centenas de mulheres, algumas das quais foram Eponina Rocha, Marta Marques de Oliveira, Neide Avezum, Aparecida Marçal, Laura Cintra, Mary Lúcia Aguiar, Lúcia Sundfeld, Gláucia Furquim, Dalva Lemos, Ineida Benez do Prado e Rachel Foizer Sgarbosa.

A CCCA não se limita apenas a oferecer apoio aos pacientes. Ela desempenhou um papel fundamental na construção da Casamata na Central de Radioterapia, garantindo a adequação do espaço para a instalação de um novo equipamento. O grupo também contribuiu financeiramente para reformar apartamentos no hospital, comprar portocath (um cateter implantado para facilitar a infusão de medicamentos de quimioterapia) e financiar a compra de equipamentos essenciais.

A CCCA realiza eventos anuais, como a “Feiju”, uma feijoada que está na 17ª edição, e o “Leilão da Solidariedade”, organizado pela Central Leilões. Esses eventos geram recursos significativos para apoiar as ações do grupo. Além disso, a campanha conta com doações mensais de associados voluntários, que contribuem financeiramente para a continuidade do trabalho.

O administrador da Santa Casa de Araçatuba, Luiz Otávio Barbosa Vianna, enfatiza que as voluntárias da CCCA têm contribuído enormemente para a instituição, financiando reformas, adequações e aquisição de equipamentos, beneficiando os pacientes em tratamento de câncer.

A atuação da CCCA vai além das demandas do CTO e dos pacientes oncológicos, alcançando cada vez mais as necessidades do hospital. O provedor da Santa Casa, Petrônio Pereira Lima, elogia a estratégia das voluntárias, destacando sua organização, credibilidade e impacto positivo nas arrecadações e promoções.

Com uma média de 120 pacientes/dia no CTO e na Central de Radioterapia, as voluntárias se dedicam a garantir suporte logístico, acomodação, e até mesmo a compra de insumos essenciais para os pacientes, mostrando que o trabalho da CCCA vai além do aspecto material, oferecendo esperança aos pacientes que enfrentam o câncer.

A CCCA é um exemplo notável de como a solidariedade e o voluntariado podem desempenhar um papel fundamental no apoio a pacientes com câncer, proporcionando dignidade, conforto e esperança ao longo de seis décadas de serviço dedicado à comunidade de Araçatuba.

Fonte: Hoje Mais