Tribunal do Júri de realiza julgamento de acusado por tentativa de homicídio

Nesta quarta-feira, 25 de outubro, o Tribunal do Júri de Araçatuba, no estado de São Paulo, se reuniu para o julgamento de Davi Moura de Oliveira. Ele é acusado de envolvimento em uma tentativa de homicídio que ocorreu em 4 de abril de 2020, quando um jovem foi alvo de aproximadamente 20 tiros enquanto lavava o carro, no bairro Água Branca.

De acordo com a denúncia, o crime teria sido ordenado por Caíque Junio de Souza Soares, conhecido como “Caíque do Água Branca”. Em agosto deste ano, Caíque e Alexandro Cícero Rodrigues da Silva foram condenados a 11 anos e 8 meses de prisão por quatro tentativas de homicídio ocorridas em 31 de agosto de 2019, no bairro Vista Verde.

Outro nome apontado na denúncia como autor dos disparos, Daniel Barbosa de Sousa, foi denunciado, mas não será julgado nesta quarta-feira devido a recursos apresentados pela defesa.

Os três réus estão detidos e enfrentam acusações de homicídio tentado qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, eles respondem pela suspeita de corrupção ou facilitação da corrupção de um adolescente que supostamente estava no veículo ocupado pelos réus no dia do crime.

De acordo com o relato da vítima, o ataque ocorreu enquanto ele lavava seu carro no local de trabalho. Dois homens desceram de um veículo VW Gol cinza que parou próximo ao portão do imóvel e abriram fogo em sua direção. A vítima contou que Davi estava armado com uma pistola calibre 380, enquanto Daniel portava um revólver calibre 38. Os disparos foram feitos a uma distância de aproximadamente três metros, resultando em cerca de 20 tiros que atingiram a vítima em várias partes do corpo. Ele passou por cirurgias e permaneceu hospitalizado por um mês. Posteriormente, a família recebeu uma carta anônima informando sobre a presença de um adolescente no carro dos agressores.

O jovem vítima do ataque relatou em juízo que Caíque era conhecido como líder do tráfico de drogas no bairro Água Branca e que ordenava a outros a cometer homicídios. Ele também mencionou que Davi atuava como “gerente da biqueira” sob o comando de Caíque. O conflito teria raízes em desentendimentos envolvendo um irmão da vítima e ameaças feitas por Caíque à família.

As defesas dos acusados apresentaram diferentes requerimentos, incluindo a impronúncia, a desclassificação e a absolvição sumária, argumentando a falta de provas ou a ausência de participação direta nos crimes. No entanto, o Tribunal do Júri determinou que os três réus fossem enviados a julgamento. A sessão teve início às 9h, no Fórum de Araçatuba, e, devido a recursos pendentes, apenas Davi será julgado nesta ocasião.

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