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UMA HISTÓRIA EM VÁRIAS LINGUAGENS

Hélio Consolaro
Hélio Consolaro
Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor, 75 anos. Oito livros publicados. Membro da Academia Araçatubense de Letras, foi vereador e secretário municipal de Cultura por oito anos. Escreve o Blog do Consa.
Foto: Editora Zahar | Reprodução

RESUMO DE MOBY DICK OU A BALEIA: 

Publicada em 1851, Moby Dick é considerada a obra prima de Melville e narra a busca por vingança do Capitão Ahab pela baleia branca Moby Dick, que amputou sua perna durante uma perseguição. Esse enredo, porém, é um pano de fundo narrado por Ishmael, que embarca no navio Pequod e descreve o cotidiano dos baleeiros, já que aborda temas mais complexos usando metáforas como questões raciais, sustentabilidade da pesca das baleias e relações entre capitães e subordinados. 656 páginas. Capa dura.

OUTRAS LINGUAGENS

Se existe algo que me diverte é ver uma história apresentada em várias mídias. Já li “Moby Dick, ou A Baleia”, a vi em filme e noutro dia a vi no palco apresentada pelo grupo de teatro “Cia. de 2” no Sesc Birigui. Mas está também em quadrinhos e games.

O livro de Herman Melville, escritor norte-americano, foi escrito em 1851. Não houve sucesso imediato porque o livro apresenta a natureza como demoníaca. O autor do livro teve a liberdade da linguagem escrita para reproduzir tudo, sem limitação imposta pela linguagem. 

Em 1956, um século depois, foi o livro transformado em filme, estrelado por Gregory Peck. Já houve limitações, mas se tornou uma megaprodução. A linguagem cinematográfica trava um pouco a história.

No teatro, o desafio foi maior. Como pôr uma baleia de 26 metros num palco, em pleno mar. Foi possível porque tudo foi colocado num processo metonímico.

A peça “Moby Dick e os Caçadores de Baleia”, conta a história de três palhaços marinheiros (representando toda a tripulação), à deriva em alto-mar, relembram as histórias de seu capitão Ahab, cuja obsessão por vingança os lançou em uma jornada perigosa: caçar Moby Dick, a baleia que arrancou sua perna e o arrastou para as profundezas do oceano. Nesta adaptação do clássico, a Cia de 2 apresenta Moby Dick reinterpretado pela linguagem da palhaçaria, propondo novas maneiras de lera história no teatro.

Em pleno século 21, o diretor da peça teve a oportunidade de atualizar o tema, pois o grito de guerra inicial foi anunciado: o ser humano tem o direito de matar todos os animais. Atualmente, matar baleia já não é, por exemplo, mais um ato heroico.

Um dos palhaços da peça quer pegar a baleia, não para vingar o capitão Ahab, mas tratá-la como seu animal de estimação (pet). Em 1851, os animais podiam ser mortos a qualquer hora pelos seres humanos, ou vingados; em 2025, a vida dos animais precisam ser preservadas. Mudou o contexto.  

A minha ordem de contato com a obra é ler primeiramente o livro, depois ver o filme com a história. Analisar a qualidade da versão. Raramente, o filme é melhor do que o livro.

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