Assassino de Igor Peretto segue foragido e família oferece R$ 50 mil de recompensa para localiza-lo

Reprodução / à esquerda Mário Vitorino e à direita Igor Peretto

Mário Vitorino, suposto assassino de Igor Peretto, morto com mais de 20 facadas na madrugada do dia 31 de agosto, na cidade de Praia Grande, litoral paulista, segue foragido após mais de 10 dias do crime. Marcelly Peretto, e Rafaela Costa Silva, irmã e esposa da vítima, respectivamente, já foram presas por terem envolvimento na ação criminosa.

A família de Igor oferece R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro do homem procurado. A prisão temporária dele já foi decretada pela Justiça de Praia Grande. Há informações, não oficiais, de que o mesmo foi visto na região de Guarulhos, em São Paulo, capital. Amigos e familiares compartilham fotos do acusado de diversos ângulos nas redes sociais, afim de ajudar a identificação do mesmo, que pode estar sem barba, careca, e se ‘camuflando’ na população.

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Na última sexta-feira (6), Rafaela que havia fugido com Mário, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, sendo presa imediatamente. Ela prestou seu depoimento sobre o caso, e alegou que não sabia do que havia acontecido com Igor, seu marido, até o procurado contar pra ela durante a fuga. A mulher, que matinha uma relação extraconjugal com o procurado, não estava no apartamento onde a vítima foi morta. Ela é vista saindo minutos antes dos dois homens chegarem ao local.

Em depoimento à imprensa, a mulher de Igor ainda confessou o caso com o até então cunhado, e relatou ainda que naquela noite, também teria se relacionado com Marcelly, a irmã da vítima e esposa de Mário.

Assim que Rafaela foi presa, Marcelly foi também detida na mesma tarde. Ela estava dentro do imóvel no momento em que Igor foi assassinado, e deixou o local com o autor do crime. Anteriormente, a mesma havia alegado ter sido obrigada pelo homem à fugir com ele, mas a polícia encontrou divergências em seu depoimento.

O carro utilizado no dia da fuga foi encontrado na noite de quinta-feira (5), em Pindamonhangaba (SP). No interior do veículo haviam marcas que aparentavam sangue. Após uma perícia, o automóvel foi levado à sede da corporação que investiga o caso.

A equipe prossegue com as diligências para o esclarecimento dos fatos, mas as autoridades não detalharão as investigações para não interferir no andamento do trabalho policial.

Reprodução

Quem é Mário

Mario Vitorino da Silva Neto, de 23 anos, era amigo, sócio e cunhado da vítima. O homem era casado há cerca de 6 anos com Marcelly Peretto. O casal, junto de Rafaela e Igor, eram amigos e viajavam com frequência juntos, além de se encontrarem e saírem frequentemente.

O acusado é supostamente o assassino da vítima, e está foragido desde a noite do crime. Seu casamento com a irmã de Igor passava por uma crise, estando separados há cerca de três meses, mas tinham recaídas na relação.

O crime

Após muito gritos e barulhos durante a madrugada em um imóvel localizado no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, Igor Peretto, de 27 anos, foi encontrado morto a facadas no chão do quarto.

O caso aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto, na Avenida Paris. Por volta de 7h30, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, que informou o que ouviu durante a noite. Ela teria tentado contato com o apartamento diversas vezes, sem retorno.

A responsável pelo edifício decidiu, então, olhar as câmeras de monitoramento do prédio, e identificou os seguintes fatos: a moradora do apartamento, irmã da vítima, chega com a esposa de Igor por volta de 4h37. Uma hora depois chega ao local a vítima e o homem investigado.

Diante das informações concedidas pela síndica, um chaveiro foi chamado para abrir a porta do apartamento. No corredor havia sinais de sangue. Ao adentrarem o imóvel, Igor foi encontrado caído dentro do quarto, próximo da janela.

O apartamento estava todo revirado. Uma faca com sangue foi encontrada no banheiro, e imediatamente apreendida para perícia.

Nenhum dos três presentes foram encontrados no imóvel. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e constatou a morte de Igor, comerciante e irmão do vereador Tiago Peretto, de São Vicente.

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), foram solicitados exames aos Institutos de Criminalística (IC) e Médico Legal (IML). O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foi acionado para investigar o crime.

O que teria acontecido antes

Igor era casado com Rafaela, e Mário com a irmã da vítima, Marcelly. Os dois casais enfrentavam uma crise conjugal, tendo já tentado uma separação, mas que não havia sido formalizada.

Naquela noite, os quatro saíram juntos, e ao retornarem para casa, segundo relato do irmão da vítima, Mário e Rafaela já haviam combinado de se encontrar após todos serem deixados cada um em sua casa.

Enquanto a vítima ainda estava no carro com o assassino, a mulher teria ligado para Mário. Igor, vendo sua esposa ligar para o até então cunhado, questionou o homem, e então começou uma discussão.

Todos decidiram então se encontrar no apartamento de Marcelly para resolver a questão, onde a briga ficou mais acalorada, passando para agressões até o assassinato.

Não se sabe desde quando Rafaela e Mário se relacionavam. A mulher deixou para trás o filho que tinha com Igor, que está sendo cuidado pela irmão da vítima.

O depoimento da irmã da vítima

Marcelly Peretto, irmã de Igor, prestou seu depoimento à polícia na tarde de segunda-feira (2). A polícia, porém, identificou contradições, e o fato da mesma não estar machucada, chamou a atenção da corporação.

A investigada contou que foi pressionada pelo assassino à deixar o imóvel. Ela não teria presenciado o irmão sendo morto, pois estava em outro quarto. Após saírem do edifício, ela teria sido abandonada em uma estrada pelo marido.

A defesa de Marcelly disse que, apesar de aparecer no boletim de ocorrência como ‘investigada’, a mesma apenas teria se apresentado à polícia para esclarecer os momentos de antes e depois do crime.

O casamento da irmã da vítima e de Mário estaria oficial ainda no papel, porém, ambos já não moravam mais juntos.

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