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Caixinha usou intuição por solução na base do Santos

Foto: Raul Barreta

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A revelação do Santos no Campeonato Paulista foi encontrada “por acaso” pelo técnico Pedro Caixinha.

Caixinha se encantou com Gabriel Bontempo em um treino despretensioso dos reservas no CT Rei Pelé.

A comissão técnica chamou diversos atletas para compor treinamentos, e Bontempo foi o destaque.

O treinador não pede nomes, só posições. O departamento de base levou Gabriel Bontempo após a disputa da Copinha.

A princípio, o jogador de 20 anos foi utilizado de meia ou de ponta, mas Pedro Caixinha o testou de volante numa necessidade durante o treino.

“O Bontempo chegou em um treino e nos chamou a atenção pelo comportamento, leitura, decisões, a forma como participava do jogo, com capacidade muito grande. Foi impressionante. A partir daquele treino, foi fácil. É fácil para mim dar oportunidade para quem trabalha, tenho um feeling para entender que há pessoas para desenvolver essas tarefas”, afirma o treinador, em entrevista à reportagem.

“Não tem a ver com idade, nome, tem a ver com maturidade, feeling. Intuição. Sou um pouco intuitivo nesse começo. Demos oportunidade, soube encará-la, e hoje ele é o mesmo do primeiro treino. Trabalhador, calmo, humilde, com a mesma regularidade todos os dias”, diz.

O teste deu muito certo, e Bontempo se tornou uma solução para o setor com menos peças no elenco santista. Diego Pituca e Tomás Rincón foram para o banco.

O garoto entrou no segundo tempo da derrota para o Corinthians e depois não saiu mais do time titular. São quatro jogos consecutivos e quatro vitórias na dupla com João Schmidt.

Bontempo sairá jogando outra vez justamente contra o Corinthians, neste domingo (9), na semifinal do Campeonato Paulista. Ele voltará à Neo Química Arena, onde começou a brilhar como volante.

A BASE DO SANTOS

Caixinha entende que o Peixe leva vantagem nas categorias de base pela proximidade com o elenco profissional.

Os garotos treinam ao lado do campo principal e têm caminho aberto. Muitos trabalham com os mais velhos e voltam para a base todos os dias.

Esse “portal” facilita a promoção, mas o técnico entende que o principal é absorver a estratégia de jogo e aprender a tomar melhores decisões em campo.

É preciso ensinar o jogo no Brasil, por melhores decisões, porque qualidade há. Os princípios técnicos e táticos que regem o futebol. É necessário um crescimento mais assertivo. Temos uma equipe de trabalho desde que o Pedro [Martins] chegou. Sou muito próximo à base desde que sou técnico principal, em 2010. Trouxemos alguns jogadores desde lá, no Leiria, depois no União da Madeira e, principalmente, Santos Laguna. Trazíamos, analisávamos e lançávamos como foi o Bontempo. É entender o canal aberto, quem vem precisa entender que não é daqui definitivamente. Voltar e levar experiência, ser igual lá e aqui. Estar nesse canal fluído é um privilégio

Queremos passar nosso modelo de jogo, a nossa ideia, o que está enquadrado com o Santos, pois não haveria lógica estarmos aqui se não combinasse. Passar a matriz à base e a partir daí todos terão sua criatividade. O que é feito com posse e sem, bola parada, recuperação da bola, as transições. Metodologia de semana curta e larga. Quais orientações e comportamentos com cada treino. Com essa informação, fica mais fácil partir para outro nível. O próximo passo é fixar os princípios do jogo. Daí se deriva tudo. A base do jogo é três contra três, acontece no 3×3 e no 10×10. Só faltam espaço e concentração, mas posso criar espaço e concentração no 3×3. Nisso há tudo e é preciso dominar esse princípio Pedro Caixinha

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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