Campanha contra crimes de receptação é lançada em Santos

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

Santos deu início a uma campanha para evitar a compra de produtos frutos de receptação após furtos e roubos. A ação é realizada em parceria com o projeto Luann Vive.

A iniciativa foi criada depois que o jovem Luann Oshiro foi morto, aos 18 anos, por conta de um celular. No último dia 19 de outubro de 2015, o estudante estava em um ponto de ônibus com duas amigas, quando foi abordado por criminosos e acabou baleado.

A partir daí, todos os anos, o pai dele, Paulo Oshiro, idealizador do projeto Luann Vive, procura formas de ajudar na conscientização das pessoas, visando evitar que outras famílias passem pela mesma dor.

“É um trabalho de formiguinha, queremos sensibilizar as pessoas sobre o crime de receptação. A gente sempre alerta: não compre produtos sem nota e de origem duvidosa. Ele pode ter custado uma vida. Por isso, nossa campanha é permanente, porque nenhum pai deveria sentir esta dor”.

Só para se ter uma ideia, no País, cerca de um milhão de celulares foram furtados ou roubados em 2022, uma alta de 16%, conforme dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Oshiro fala ainda sobre a importância das pessoas registrarem um boletim de ocorrência nesses casos.

“Dentro da campanha, a gente fala que fazer o Boletim é um ato de amor, porque, mais importante que reaver o que lhe foi tirado, é levar informações para que a Polícia consiga monitorar os locais com mais incidência de crimes e, assim, você poderá salvar uma vida”.

A campanha vai levar informações às escolas e poderá ser vista em pontos de ônibus e outros meios de comunicação, explica o chefe de Departamento de Políticas Públicas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Depods) da Prefeitura de Santos, Fábio Tatsubô.

“Reunimos 20 desenhistas da região que prepararam diversas artes e cederam para a campanha. Vamos alcançar a sociedade levando as informações por diversos tipos de mídia. Quem está na rua poderá ver o material nos nossos totens ou nos ônibus. Ele está ainda na mídia em elevadores e serão distribuídos cartazes nas escolas também”, informa Tatsubô.

O prefeito Rogério Santos reforça a importância de levar a campanha para todo o Município alertando a sociedade sobre o crime de receptação e suas implicações. “Muitas pessoas cometem crimes sem ter a verdadeira consciência disso e das consequências. A receptação é um desses grandes exemplos. Muitas vezes, elas não sabem que por trás de uma bicicleta está um ferimento de quem foi assaltado ou por trás de um celular, uma morte.

Ele dá outros exemplos: “Os cabos de cobres furtados nas ruas causam danos aos cofres públicos e uma série de problemas sociais, por exemplo. Então, muita gente pode não ter consciência de que está ajudando a aumentar a criminalidade no País por conta de comprar objetos sem nota fiscal e de procedência duvidosa e precisa saber disso”.

De acordo com o Código Penal, o crime de receptação prevê pena de um a quatro anos de reclusão e multa.

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