Campeões: Alunos da UNIP garantem premiações do “16° Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura 2023”

Créditos: Divulgação

O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) promoveu a 16ª edição do “Concurso CBCA para Estudantes de Arquitetura 2023”, em São Paulo e o intuito foi reconhecer o desenvolvimento da arquitetura como disciplina fundamental para a construção do habitat no âmbito do desenvolvimento sustentável. O destaque foi para o grupo de alunos da Universidade Paulista (UNIP) de Santos.

Os vencedores foram a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), que garantiu o primeiro lugar, a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, que ficou em segundo e a Universidade Paulista (UNIP) de Santos garantiu o terceiro lugar.

E foi justamente o projeto dos alunos santistas Gabriel Costa Bignotto Pereira, Gabriela Monteiro Coutinho, João Pedro de Oliveira Caetano e Murillo Rodrigues Pereira, sob o comando do orientador,
Dhiego Magalhães Torrano, que garantiu o pódio e com um projeto inovador.

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Trata-se da criação de unidades educacionais sustentáveis e mescladas com a natureza. A ideia dos alunos da UNIP de Santos surgiu após o estudo sobre as palafitas localizadas entre Santos e São Vicente. Diante da ocupação desordenada, o manguezal foi duramente prejudicado, causando o desequilíbrio e poluição, além da qualidade de vida dos moradores ser apontada como uma das piores.

Conforme o estudo, as estruturas voltadas para atividades educacionais e de lazer seriam erguidas nos diques da Vila Gilda e Caminho São José, em Santos e o Dique do Sambaiatuba, em São Vicente.

Elas são construídas por meio de estruturas em formato linear ao tecido urbano com o intuito reconstruir uma frente de diálogo e continuidade do chão da cidade ao qualificar o leito do pedestre com programas de permanência. Assim é possível criar possibilidades de conexões francas, funcionando como catalisadores do desenvolvimento urbano e social da região.

O projeto visa ocupar e oferecer para os estudantes e à sociedade o sentido de pertencimento e necessidade de preservarmos nosso patrimônio coletivo: o meio ambiente.

As estruturas são voltadas para a educação e lazer de maneira sustentável. As estruturas criadas seriam implantadas de forma que a estrutura metálica possa promover a ocupação de forma delicada, como se as edificações flutuassem sobre as águas e o mangue, que, pelos vazios internos, aflora nos edifícios, por sua vez compostos pela repetição de um módulo simples.

Com as medidas a estrutura pode usufruir as características do aço como a leveza, a versatilidade e a precisão industrial, tornando o processo construtivo mais limpo e eficiente ao ocupar o mínimo da geografia natural.

Ainda sobre a proposta premiada da UNIP de Santos três barras lineares que abrigam usos pedagógicos convencionais, além de laboratórios comunitários destinados aos saberes populares, que, distribuídos ao longo do nível da rua, geram frentes de cidade e estuário acessíveis e convidativas.

Com isto, é idealizada a criação de um equipamento escolar como local representativo da conscientização da população, contribuindo para a regeneração do bioma natural ao longo dos anos. As atividades internas ocupam o centro do módulo, possuindo uma pequena varanda sobre o mangue, posta como mediação entre o espaço interno e a cidade, enquanto para o rio loca-se a circulação do eixo arterial das edificações, além de pontos de descompressão onde o programa se desloca para o mangue, através de flutuantes sob a influência da maré.

Os alunos premiados esperam que com este projeto, a perspectiva da gestão participativa, busca-se uma solução em conjunto com as cooperativas de reciclagem do entorno, pelos plásticos reciclados e retirados da área de intervenção, ao confeccionar uma vedação externa feita por lonas bioplásticas fotossintéticas, para controle de insolação e geração de energia por um mecanismo fotobiorreator, diluindo a edificação na paisagem graças a sua translucidez e cores semelhantes às do mangue e sutilmente iluminando durante a noite as cidades por bioluminescência.

O concurso

O concurso é de abrangência nacional e direcionado para estudantes universitários de arquitetura com suporte de um professor orientador. Detalhes, como o uso correto e apropriado aço, tanto nos aspectos conceituais e arquitetônicos como nos aspectos tecnológicos e construtivos, foram avaliados.

As iniciativas do concurso visam fortalecer os processos de pesquisa acadêmica (social, econômica e ambiental) com base na formação de equipes com uma visão multidisciplinar.

Também serve para promover o conhecimento do aço como componente de sistemas construtivos, incentivar a investigação em torno do seu enorme potencial, suas tecnologias e aplicações na construção, tais como em fundações, estruturas, vedações, coberturas, revestimentos e o seu desenvolvimento em uma concepção arquitetônica e estrutural apropriada.

E ainda a missão de promover o vínculo de professores e alunos com o CBCA. Além disso, vai estimular o trabalho criativo dos alunos que através da orientação de seus professores, poderão levar as estruturas ao limite de suas possibilidades, baseados no conhecimento das propriedades do aço.

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