O Projeto Boto-cinza, uma realização do Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC), com patrocínio do Programa Petrobras Socioambiental, realizará o 1º Festival Lagamar de Cinema (FLAC), na Av. Beira-Mar, esquina com Rua Silvino de Araújo (antigo Hotel Glória), em Cananéia.
O festival, que acontece entre os dias 18 a 20 de julho, tem como objetivo promover o acesso à cultura por meio de produções audiovisuais independentes, com foco em filmes produzidos ou gravados na região do Vale do Ribeira, no Sul do Estado de São Paulo. Para receber o público, o festival contará com uma estrutura de cinema, com capacidade de até 100 pessoas por sessão. Serão exibidos 58 filmes durante os três dias de evento.
Os filmes estão divididos em quatro temáticas: livre, cultural, ambiental e infantil. A programação é aberta para todas as idades e públicos. O evento ainda contará com apresentação de Fandango, com o grupo Jovens Fandangueiros do Itacuruçá, na sexta-feira, dia 18, e um show de forró, com o trio Filpo e a Feira, no sábado, no dia 19, ambos com início às 23 horas
A programação completa está disponível no site do evento.
Destaques
Dentre os destaques da programação é o lançamento do documentário “Maré cinza”, produzido pelo Projeto Boto-Cinza em parceria com a Produtora de documentários de natureza Olhar Nativo. A obra é um relato sensível sobre a vida do boto-cinza (Sotalia guianensis), revelando comportamentos raros, estratégias de cooperação e a impressionante inteligência dessa espécie. Maré-cinza convida o espectador a conhecer e proteger uma das espécies magníficas do Atlântico Sul.
O festival também fará uma menção honrosa ao filme “Cananéia: Trançado de Histórias Vivas”, gravado e produzido na cidade de Cananéia, além de dois filmes convidados para serem exibidos, sendo o “Nosso Jardim de Água Doce”, dirigido por Larissa Prado e Humberto Bassanello, que será exibido na noite de abertura do festival, e o filme premiado “Mulheres na conservação”, de Paulina Chamorro – jornalista ambiental e correspondente da revista National Geographic no Brasil, e João Marcos Rosa, fotógrafo de natureza, que fecha a programação do FLAC. Paulina Chamorro e Humberto Bassanello marcarão presença no evento.
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“Esse é o primeiro grande festival de cinema que a região já recebeu. Estamos felizes por esse marco, especialmente por trazer cultura e entretenimento de forma gratuita para Cananéia e região. A programação valoriza as produções do Vale do Ribeira, reforçando o potencial e beleza das culturas tradicionais, costumes e a história. O festival foi preparado com muito zelo para oferecer uma experiência especial para todos que participarem. Esperamos que a comunidade desfrute desses momentos e possa sair encantada, já que para muitos será a primeira vez que teremos uma estrutura próxima a uma sala de cinema de verdade na cidade”, diz Caio Louzada, e coordenador do Projeto Boto-cinza e organizador do FLAC.
Louzada ainda acrescenta que o evento também é uma oportunidade de reforçar o relacionamento com a comunidade e temáticas de conservação da natureza. “Desenvolvemos atividades de pesquisa científica, educação ambiental, políticas públicas e atividades extracurriculares envolvendo esporte, cultura e educação para jovens e crianças. O FLAC amplia a nossa contribuição com essas temáticas, sendo mais uma oportunidade de colocar a comunidade em contato com a conservação, mas de uma maneira prazerosa e didática, aumentando as chances de encantar as pessoas pela arte”, finaliza o organizador.
A seleção dos filmes
As obras que compõe a programação foram selecionadas em edital e avaliadas por uma comissão de curadores nomeados pelo Projeto Boto-Cinza. Ao todo, o processo de seleção recebeu 881 filmes.
Foram aceitos filmes (curta e média-metragem), documentários, minidocumentários, e outros tipos de produções audiovisuais de todo território nacional, com foco para os as produções gravadas ou produzidas no Vale do Ribeira. Os critérios de seleção incluíram qualidade técnica e artística, originalidade, relevância temática e adequação às categorias do festival.
Sobre o Projeto Boto-cinza
O Projeto Boto-Cinza é uma iniciativa do IPeC que visa o conhecimento e a conservação desta espécie, bem como do seu habitat. As atividades tiveram início na década de 80 na região de Cananéia, litoral sul do Estado de São Paulo. Ao longo deste período foram desenvolvidos inúmeros trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e teses de doutorado com o apoio do Instituto de Pesquisas Cananéia e parcerias com diferentes instituições de ensino e pesquisa do Brasil e do exterior. Além da pesquisa científica, a equipe do projeto promove atividades de educação, conscientização ambiental e valorização da cultura local, o que confirma seu papel como importante colaboradora na busca de soluções para os problemas socioambientais da região. O projeto participa de redes gestoras das áreas ambiental, turística e cultural e os resultados dos estudos desenvolvidos são disponibilizados, passando a ser incorporados em pautas de discussões da agenda local.



