A Justiça condenou na madrugada desta quarta-feira (08/11) o proprietário da casa noturna Baccará, Vítor Alves Karam e o segurança do estabelecimento, Sammy Barreto Callender, a 16 anos de prisão. Eles foram acusados de envolvimento na morte do estudante Lucas Martins de Paula, em 2018. O julgamento aconteceu no Fórum de Santos.
Os dois foram condenados por homicídio triplamente qualificado após dois dias de julgamento. Ele deveria ter ocorrido no último dia 26 de setembro, mas o júri foi adiado porque a defesa de Sammy entrou com recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e no Superior Tribunal de Justiça (STF). A alegação foi que um médico legista deveria ser ouvido.
O julgamento dos réus começou na segunda-feira (06/11) e dois delegados, um perito criminal, amigos e o pai de Lucas Martins foram ouvidos. A sessão foi suspensa e retomada na terça-feira (07/11). O segurança do estabelecimento respondeu às perguntas por duas horas e ,depois, o proprietário prestou depoimento por aproximadamente uma hora.
As defesas dos réus apresentaram as teses e ,após a manifestação da Promotoria e das réplicas e tréplicas, foi definida a pena de 16 anos de reclusão em regime fechado ao proprietário e ao segurança do Baccará.
Relembre o caso
Em julho de 2018, Lucas Martins de Paula , na época com 21 anos, se envolveu numa briga com seguranças da casa noturna, porque discordou do valor de R$ 15 cobrado na comanda. Ele foi espancado, chegou a ficar internado por 22 dias na Santa Casa de Santos, mas faleceu.
Na época, três suspeitos foram presos. O quarto envolvido, o segurança Anderson Luiz Pereira esteve foragido, mas morreu no Interior de São Paulo antes de ser julgado. Em setembro deste ano, o segurança Thiago Ozarias Souza também foi julgado e condenado a 18 anos de prisão em regime fechado.