Lucas Moura está de volta ao São Paulo. O jogador foi anunciado nesta terça-feira (1º) e assinou um vínculo de contrato até o final deste ano. Só que muita gente conhece o lado jogador, mas não o lado empresarial.
Em entrevista ao programa “Os Donos da Bola Litoral”, da TV Thathi Band Litoral, o jogador explicou o motivo para migrar para o mundo dos negócios, mesmo ainda estando na ativa. Ele tewm a academia L7, que funciona em São Bernardo do Campo desde 2022
“Temos mais de 3.500 alunos com vários esportes. Quis criar uma academia no estilo de clube, com natação, pilates, dança, luta, quadra poliesportiva. É para todas as cidades e quem sabe posso estender a rede para outras partes do Brasil. Tenho que começar no mundo dos negócios desde já, devido a chegada da aposentadoria. É uma necessidade ter que empreender”, conta.
Outro fator que Lucas Lima deixa claro é valorizar a família e da religião. Embora discreto, ele garante recorrer a estes fatores, principalmente contra os ataques em redes sociais e no cotidiano.
“O espiritual me ajudou com princípios e fatores, acredito da forma como a vida deve ser vivida, de como encarar os problemas e Deus é meu guia e prioridade da minha vida. Minha história começou quando estive no Paris Saint Germain (FRA). Pensava que estava realizado, jogando com craques, vivendo em uma das melhores cidades do mundo. Mas me machuquei, não tive um grande desempenho e fiquei fora da Seleção. Foi aí que encontrei com Deus”.
Tottenham
Após passagem no futebol francês, Lucas Moura jogou no Tottenham (ING) por cinco anos e alternou bons e maus momentos. O momento mais épico foi na semifinal da Liga dos Campeões da Europa, da temporada 2018/2019, onde na semifinal contra o Ajax (HOL), anotou os três gols da virada da equipe inglesa, onde colocou a equipe na grande final. No entanto, ele acabou sendo reserva. O jogador falou sobre o caso.
“A semifinal foi o momento mais mágico da minha carreira. Após passar pelo Manchester City, tínhamos a certeza que seríamos finalistas. Pegamos o Ajax, que era a sensação da temporada e perdemos em casa por 1 a 0. Em Amsterdã, em 30 minutos eles fizeram 2 a 0 e na volta do segundo tempo, fomos diferentes e conseguimos a reação. Aos 5 e 15 minutos fiz dois gols e o tempo passava e o drama aumentava. Nos acréscimos consegui virar o jogo”, detalha.
“A final foi um banho de água fria, porque todos ficaram surpresos por não ter jogado. Não sei responder até agora. Creio que o Maurício Pocchetino tinha a preferência dele e o Harry Kane, que voltava de lesão, era o cara da equipe. Eu não imaginava, já que vivia um grande momento e estava confiante no título”.
Futebol Brasileiro
O cenário do futebol brasileiro, dentro e fora do campo foi destacado por Lucas Moura. Aproveitando o lado empresarial, ele falou sobre o atual momento e a perspectiva para os próximos anos.
“Sobre a SAF, devemos fazer uma reformulação geral, passando pelos gramados, árbitros, calendários e a organização dos clubes. É inadmissível ver os clubes devendo mais de R$ 1 bilhão pagando milhões por jogadores, mas devendo salários e atletas. A SAF é uma saída e serve para colocar uma ordem na casa. O futebol brasileiro produz muitos atletas e tem público. Mas tem que melhorar a estrutura e organização financeira. Mesmo exportando muitos jogadores, a imagem dos clubes brasileiros não é divulgada”.
Sobre a Seleção Brasileira, a indefinição de um novo técnico também é algo que gera questionamentos. Lucas Moura comentou sobre o caso. O episódio Fernando Diniz dirigindo clube e Seleção Brasileira ao mesmo tempo gerou debate
“Ficou estranho. Este molde adotado não é o correto. Sobre o Ancelotti é um técnico excepcional, que sabe gerir grupo e tem um grande repertório tático. Se o Diniz fizer um grande trabalho, pode gerar dúvida em muita gente”.
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