Crea-SP e Porto de Santos fecham parceria em prol do túnel Santos-Guarujá

Créditos: Divulgação/Crea-SP

Com o objetivo de enfim retirar o túnel submerso que ligará Santos até o Guarujá. o Porto de Santos e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de São Paulo (Crea-SP) firmaram um termo de cooperação técnica entre o órgão e a Autoridade Portuária de Santos (APS). A formalização aconteceu na sede do Crea, em São Paulo.

O túnel submerso terá 860 metros de distância é a ideia do governo federal é proporcionar conexão entre os dois municípios por meio de um canal rápido e ágil. A ideia é ser a principal ligação das dias cidades, que hoje conta com a travessia realizada por balsas, que interrompem a atividade portuária. Além disso, o trajeto também pode ser feito pela rodovia Cônego Domênico Rangoni, mas exige uma demora de cerca de 1 hora.

Com a parceria, o Crea poderá promover soluções efetivas ao túnel, considerando a orientação e fiscalização preventiva do exercício profissional de especialistas que possam atuar na gestão, instalação ou infraestrutura portuária e nos serviços abrangidos. Além disso, o termo ainda prevê a troca de informações em todos os processos relativos à execução das obras.

O diretor-presidente da APS, Anderson Pomini, conta que a parceria é muito importante para viabilizar o projeto da ligação seca.

“A participação dos engenheiros para atualização do nosso projeto e a construção, o monitoramento e o acompanhamento dessa obra é vital para que a gente possa executá-la de fato”, ressaltou Pomini.

De acordo com ele, o túnel submerso exige tecnologias que ainda não existem no Brasil, mas serão implementadas na construção do projeto.

“É uma obra absolutamente inovadora, que depende da engenharia, das técnicas mais modernas de engenharia, que nós não temos ainda no Brasil. Nós teremos. Hoje, o nosso modelo é aquele que está em construção que liga Dinamarca a Alemanha”, explicou Pomini.

O projeto do túnel submerso foi identificado pelo Crea-SP como alternativa para os gargalos da integração entre os sistemas aquaviário, rodoviário e ferroviário na logística e infraestrutura estadual em um relatório-diagnóstico do entregue ao Governo do Estado de São Paulo em fevereiro deste ano.

Etapas

Segundo as análises do projeto, o impacto da obra será social, ambiental e econômico, pois deve facilitar o fluxo logístico e de transportes do Porto de Santos. Pomini enfatizou que, diariamente, aproximadamente 80 mil pessoas cruzam o canal e 10 mil caminhões chegam ao Porto. Deste total de veículos de transporte de carga, cerca de 2,5 mil precisam utilizar as rodovias.

O diretor-presidente da APS explicou que o projeto exige a renovação das licenças ambientais. “O Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] já está debruçado sobre o assunto, na sequência faremos a atualização do projeto que foi elaborado pela Dersa”, disse.

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