Criminoso envolvido em assalto milionário em Santos é condenado a mais de 170 anos de prisão

Foto do processo / Reprodução

Fausto Ricardo Machado Ferreira, de 46 anos, acusado de participar de um assalto à uma empresa de transporte de valores, em Santos, litoral paulista, que aconteceu em 2016, foi condenado a 172 anos e 8 meses de reclusão em regime inicial fechado.

A condenação foi expedida pela 6ª Vara Criminal, e publicada na última terça-feira (25). A Justiça considerou um laudo pericial que apontou o material genético do acusado em uma touca encontrada no carro utilizado pelos criminosos para a fuga. O mesmo DNA ligou o réu à outro assalto milionário, que aconteceu na Ciudad del Este, no Paraguai, o qual motivou uma série em um streaming.

O crime em Santos, que aconteceu no dia 4 de abril de 2016, resultou em mais de R$ 12 milhões de reais roubados da companhia, e três homens mortos, sendo dois policiais e um homem em situação de rua.

A defesa negou a participação de Fausto nos crimes, e questionou a validade das provas. Durante interrogatório realizado no dia 5 de junho, o réu ainda alegou sofrer “perseguição policial”, e que o material genético foi “forçado”. O juiz do caso não acatou a versão, e o condenou por associação criminosa e latrocínio.

Ferreira já estava preso antes de ter o DNA associado aos assaltos, pois foi acusado de explodir caixas eletrônicos em Atibaia (SP) no ano passado. Foi durante esta detenção em que o réu teve seu material genético coletado, mediante assinatura de termo de doação voluntária de células da mucosa oral.

Reprodução

Relembre o caso

A empresa de valores Prosegur, localizada no bairro Macuco, foi invadida por suspeitos armados, em abril de 2016, durante a madrugada. Os envolvidos utilizaram um caminhão para derrubar o portão da companhia, e empurraram um carro forte para impedir invasões.

Em seguida, os assaltantes atiraram na guarita onde ficavam os seguranças do local. Dois suspeitos adentraram o imóvel segurança uma placa, utilizada como uma espécie de escudo, que foi utilizada durante as explosões que aconteceram em seguida, com o objetivo de roubar o dinheiro.

Toda a ação durou cerca de 50 minutos. A Polícia Militar esteve presente atendendo a ocorrência, e houve confronto e perseguição. Todos os criminosos conseguiram fugir pela via Anchieta, em direção à capital paulista. Dois policiais militares e um morador de rua vieram à óbito.

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