Moradores de Praia Grande denunciam irregularidades cometidas por presidiários do CPP (Centro de Progressão Penitenciária) de Mongaguá e São Vicente durante suas saídas da prisão para trabalhar.
Segundo relatos, os presos foram vistos na cidade fumando maconha, ingerindo bebida alcoólica, usando telefone celular e até entrando e saindo de motel, enquanto deveriam estar trabalhando. Fotografias comprovam a denúncia.
Diariamente cerca de 200 homens saem do presídio de Mongaguá para prestar serviços à prefeitura de Praia Grande. Eles usam tornozeleira eletrônica e realizam trabalhos de manutenção em praças, jardins e áreas verdes. Porém, ao retornarem ao presídio, muitos chegam embriagados ou tentam entrar com drogas na unidade. No último dia 21, um deles foi flagrado com 30 porções de maconha no estômago.
No CPP de São Vicente, os presidiários também são transportados para o trabalho externo, conforme o regime semi-aberto permite. Porém, eles são vistos em grupos andando pela cidade sem fiscalização de agentes.
Fábio Jabá, presidente do Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) afirma que agentes deveriam acompanhar os detentos, porém, há uma déficit de 60% no quadro de funcionários no CPP de Mongaguá.
A SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) informou que os detentos têm autorização judicial para trabalhar e estudar, sem fiscalização externa, além do monitoramento eletrônico, mas abriu investigação após os relatos de Praia Grande.
Também foi informado que pelo monitoramento eletrônico, a unidade verificou a localização do motel e pediu auxílio da Polícia Militar que, junto à Guarda Municipal, abordou os infratores no local. Eles foram presos em flagrante e vão regredir para o regime fechado.