Em meio à campanha do Setembro Amarelo, a professora Magda Fabiana Assis Pereira Ribeiro compartilha, por exemplo, sua própria história de superação. Inicialmente, ela desenvolveu pensamentos suicidas após perder sete familiares para a COVID-19; no entanto, hoje volta a sonhar graças ao tratamento psiquiátrico. “Assim sendo, a luta tem que ser diária. Além disso, se você não acredita em si mesmo, como os outros vão acreditar em você?”, reflete. Magda, que também é psicopedagoga e atualmente cursa Psicologia, chegou a idealizar diversas formas de ceifar a própria vida; entretanto, encontrou forças para seguir em frente. “Pensava, por exemplo, em pular de um viaduto, do prédio, acelerar o carro e até atirar na minha cabeça”, relata.
Acompanhada pela psiquiatra Ana Paula Ruocco Nonato Matsumota desde antes da pandemia, Magda trata, nesse ínterim, depressão e ansiedade. “Com a COVID, esse ‘problema invisível’ se intensificou. Porém, a dra. Ana Paula me orientou em tudo. Dessa forma, tem sido um trabalho muito bom, já que, sem ela, eu não teria conseguido”, destaca. Ela também reforça a importância da medicação: “Visto que o remédio existe, é porque é necessário. Eventualmente, um dia quero ter alta”.
Atualmente, Magda experimenta uma melhora significativa e, consequentemente, consegue lidar melhor com os momentos de crise. “Hoje em dia, em tratamento, ela apresenta não apenas evolução, mas também estabilização”, confirma a psiquiatra.
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Dessa maneira, o tratamento permitiu que Magda voltasse a ter esperança. Logo em seguida, ela enfatiza que o processo de ressignificação não pode ser apenas falado, mas sim vivido. Posteriormente, mudou de área na educação e agora trabalha com crianças especiais. “Elas são, sobretudo, minha missão. Ao olhar para aquele sorriso e saber que posso ajudá-las, imediatamente penso: ‘Nossa, sou importante!'”.
Sinais de alerta e a importância da acolhida
Por outro lado, a dra. Ana Paula Matsumota alerta para os principais sinais de pensamentos suicidas: desde isolamento até frases sobre não querer viver, passando por desesperança, mudanças bruscas de comportamento, alterações no sono e no apetite, além do abandono de atividades prazerosas. “Muitas vezes, os avisos são na verdade pedidos de ajuda. Portanto, cada fala precisa ser levada a sério”, ressalta.
Ademais, ela explica que o tratamento deve ser individualizado, envolvendo, por exemplo, medicação, psicoterapia e, quando necessário, uma rede de apoio familiar. “Dessa forma, o monitoramento constante e o acesso rápido ao suporte são fundamentais”, completa.
Em síntese, o suicídio é um problema de saúde pública prevenível. Com efeito, com tratamento adequado, muitas pessoas conseguem aos poucos superar essa fase e, finalmente, retomar uma vida com qualidade. “Nesse contexto, medicamentos, suporte técnico e manejo de sintomas auxiliam ativamente no fortalecimento emocional e, assim, na prevenção de recaídas”, finaliza a médica.
Onde buscar ajuda
Emergência: SAMU 192 ou UPAs.
Centro de Valorização da Vida (CVV): Ligue 188 ou acesse o chat online.
CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).
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