SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Metade da disputa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 ficou para trás, e a seleção brasileira ainda não tem uma formação ideal para a disputa da competição. Para o duelo com o Peru, nesta terça-feira (15), às 21h45 (de Brasília), no Mané Garrincha, Dorival Júnior deve promover mudanças em todos os setores para buscar não só mais uma vitória mas também uma apresentação convincente.
Preocupado com as falhas do setor defensivo, sobretudo nas jogadas aéreas, o treinador ensaiou a equipe com Vanderson, do Monaco, na vaga de Danilo, da Juventus, bastante criticado por sua atuação contra o Chile, na rodada passada. Apesar da vitória por 2 a 1, o Brasil sofreu um gol logo no primeiro minuto, após uma bola cruzada na área. Seis dos nove gols que o time sofreu no classificatório foram dessa forma.
No meio-campo, Bruno Guimarães, do Newcastle, deve jogar no lugar de André, do Wolverhampton, outro de atuação bastante apagada diante dos chilenos. O setor não terá Lucas Paquetá, que vai cumprir suspensão automática. Gerson, do Flamengo, será o substituto.
Além das trocas, Dorival testou novos posicionamentos ofensivos, com Raphinha aberto pelo lado direito, Rodrygo centralizado e Savinho pela esquerda.
Após a vitória contra o Chile, o treinador admitiu que a equipe ainda está em fase de formação e precisa continuar evoluindo. Por isso, tem feito testes até achar a escalação que possa considerar ideal.
“Não estamos com a estrutura que foi montada para a Copa [do Mundo] anterior, e isso acaba dificultando ainda mais o encontro pelo equilíbrio, com a jovialidade desses meninos e a experiência de outros que ali estão. Essas oscilações acontecem e continuarão acontecendo. Chegaremos com uma equipe forte daqui a dois anos, mas passaremos alguns apertos”, afirmou o técnico.
Nas Eliminatórias, apesar da vitória sobre o Chile, a situação está longe de ser confortável. Em quarto, o Brasil está a seis pontos da Argentina, que lidera o torneio, e tem apenas dois de vantagem para a Venezuela, sétima colocada e dona da posição que obriga a disputa de uma repescagem.
Além disso, desde as duas primeiras rodadas, quando ganhou da Bolívia, por 5 a 1, e do próprio Peru, por 1 a 0, os brasileiros não conseguem duas vitórias consecutivas na competição. Em nove jogos, foram quatro vitórias, quatro derrotas e um empate.
“No futebol, há oscilações”, afirmou o meio-campista Gerson. “Temos que trabalhar o mais rapidamente possível para sair deste momento, o impacto tem que ser imediato”, acrescentou.
Para os jogadores, encerrar essa data Fifa com duas vitórias consecutivas é o cenário ideal para aliviar a cobrança para o restante do classificatório.
Do lado peruano, a situação é pior. Com a seleção na penúltima posição, Jorge Fossati e seus jogadores tratam o confronto com o Brasil como “o jogo mais importante do ano”.
“O Brasil será outro rival muito difícil, semelhante em algumas características ao que enfrentamos na sexta-feira”, citou o treinador, lembrando a surpreendente vitória sobre o Uruguai, por 1 a 0, na última sexta (11). A Celeste está na terceira posição, com 15 pontos.
“Agora, vamos disputar o jogo mais importante do ano. Com humildade, com as nossas armas, sabendo que é muito complicado”, disse o treinador de 71 anos.
Fossati destacou que o Peru buscará somar pontos suficientes até as próximas duas datas, em novembro, para se manter na briga pela classificação por uma vaga na Copa do Mundo de 2026.
“Temos que estar lá, na zona de luta, para que, na reta final, que é em 2025, consigamos os pontos necessários para o Peru ir à Copa do Mundo”, comentou
O Peru está na penúltima colocação com apenas seis pontos, em uma eliminatória na qual os seis primeiros países ganham passagem direta para a Copa do Mundo; o sétimo disputará uma fase de repescagem.
Até o momento, o Peru acumula cinco derrotas (duas em casa), três empates e uma vitória.
Redação / Folhapress