Duas captações de órgãos foi realizada pelo Hospital do Vicentino, localizado em São Vicente. Os procedimentos foram acompanhados pela equipe multidisciplinar da unidade, em parceria com a Organização de Procura de Órgãos (OPO), seguindo todos os protocolos técnicos e éticos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Os gestos de solidariedade e que pode salvar outras vidas aconteceu na última sexta-feira(18) e no sábado (19), reforçando o papel essencial dos hospitais na viabilização no ato de salvar vidas.
As captações foram conduzidas após a confirmação de morte encefálica dos pacientes, atestada por três profissionais diferentes, em horários distintos, conforme determina o protocolo estabelecido pelo Conselho Federal de Medicina. Após essa confirmação, a equipe multidisciplinar do Hospital do Vicentino (formada por médico, enfermeiro e psicóloga) e a OPO entraram em contato com os familiares, prestando apoio emocional e esclarecendo todas as informações necessárias antes de solicitar a autorização formal para a doação dos órgãos.
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Em ambos os procedimentos foram doados os rins e o fígado dos pacientes, devido à idade e condições dos doadores. Marcelo, familiar de um dos doadores, compartilhou a emoção de, mesmo em um momento doloroso, poder contribuir em prol do salvamento de novas vidas: “Ele era doador de sangue, mas nunca chegou a manifestar vontade sobre a doação de órgãos. Mesmo diante de toda a situação difícil, nós decidimos seguir com o procedimento assim que nos foi perguntado. Ele sempre foi uma pessoa ativa, sempre ajudava os outros. Era um homem trabalhador, e isso sempre serviu de exemplo e motivação para toda a nossa família, principalmente para mim e meu irmão Rodrigo”.
“Quando um paciente entra em protocolo de morte encefálica, acionamos a Organização de Procura de Órgãos (OPO), do Estado de São Paulo, para verificar se ele se enquadra nos critérios para doação. Após a confirmação inicial, a equipe do Vicentino realiza a primeira abordagem com a família, explicando o que é a morte encefálica e como funciona o processo de captação de órgãos. Em seguida, são realizados os exames necessários para confirmar, de forma definitiva. Com essa comprovação, a Organização assume a abordagem com os familiares, solicitando a autorização formal para a doação dos órgãos”, salientou Cintia Santos, gerente de enfermagem do Hospital do Vicentino.
“O momento de captação de órgãos é de extrema importância para salvar a vida de um paciente e de cuidado com a família do doador. Esse é um ato que envolve não apenas aspectos técnicos e médicos, mas, também, uma grande sensibilidade com a família do doador. Ao mesmo tempo, a captação representa uma oportunidade de transformar uma perda em esperança, pois, graças à generosidade da família doadora e ao trabalho coordenado das equipes, é possível oferecer uma nova chance de vida para aqueles que aguardam por um transplante”, ressalta a secretária da Saúde, Michelle Santos.
A identificação do nome completo do familiar foi preservada em respeito à Lei nº 9.434/1997, que regulamenta a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento. Essa legislação estabelece o sigilo sobre a identidade de doadores e receptores, com o objetivo de proteger a privacidade das famílias envolvidas.



