A Escola Estadual Parque dos Sonhos, em Cubatão (SP), está entre as 10 melhores do mundo na categoria de superação de adversidades. A unidade, que já foi conhecida como “Parque dos Pesadelos” devido à violência e ao vandalismo, hoje é um exemplo de transformação e sucesso no ensino público.
A escola disputa o World’s Best School (Prêmio Melhor Escola do Mundo), uma premiação internacional organizada pela T4 Education, que reconhece iniciativas inovadoras em comunidades escolares. No ano passado, outra escola estadual de São Paulo também ficou entre as três melhores na mesma premiação.
De “Parque dos Pesadelos” a um futuro promissor
Quando o professor Régis Marques Ribeiro assumiu a direção da escola em 2016, a situação era caótica. A unidade, inaugurada apenas três anos antes, sofria com furtos e a reputação negativa de ser um local perigoso. “Quando cheguei, a escola era conhecida como Parque dos Pesadelos”, conta o diretor, que não registra um boletim de ocorrência por invasão ou vandalismo desde 2021.
A mudança veio com um projeto de acolhimento focado no aprendizado e no envolvimento da comunidade. A escola, que atende 536 alunos do 1º ao 9º ano, oferece 21 projetos complementares, como teatro, dança e patinação artística.
A dedicação dos professores e a participação ativa dos alunos resultaram em um aumento de 500% no número de matrículas. O sucesso dos estudantes nos projetos extracurriculares também é motivo de orgulho. A equipe de patinação, que começou com nove alunos, agora tem 80, e já conquistou prêmios internacionais.
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Impacto na vida dos estudantes
A transformação na escola se reflete diretamente na vida de ex-alunos, como Rafael Henrique Santos, de 12 anos. Ele começou a patinar na escola e se tornou bicampeão brasileiro e vice-campeão mundial de free dance. “A Escola Parque dos Sonhos foi a melhor escola para mim. Aprendi a ter empatia, respeito e muitos ensinamentos”, declara o jovem, que hoje estuda com uma bolsa nos Estados Unidos.
A ex-aluna Jordana Vieira Correia Lima, de 21 anos, hoje diretora comercial e sócia de uma escola de idiomas, reforça a importância da instituição em sua trajetória: “A escola influenciou muito a minha transformação de vida com seus projetos, que ajudaram meu desenvolvimento pessoal e profissional”.
Guilherme Guedes, de 18 anos, e Vinicius Ferreira, que estudou durante a pandemia, também destacam o ambiente de apoio e as oportunidades oferecidas pela escola, que os ajudaram a se tornarem “alunos protagonistas” e a conquistarem um vocabulário mais rico e amizades duradouras.
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