Especialista em Cibersegurança explica riscos da ‘venda’ da íris dos olhos para projeto

Viralizou nas redes sociais um projeto no qual usuários afirmam ter “vendido” a íris do olho em troca de criptomoedas. O projeto, chamado World, visa desenvolver uma forma de identificação humana para prevenir falsificações feitas por inteligência artificial. Os inscritos fotografam a íris com uma máquina própria da World, chamada Orb. Após o escaneamento, a World paga aos participantes um valor em criptomoedas chamadas Worldcoins – também da própria World.

O projeto conta com o apoio da empresa Tools for Humanity, criada por Sam Altman, cofundador e CEO da OpenAI (empresa criadora do ChatGPT), e por Alex Blania. A Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) afirmou, em nota, que fiscaliza a coleta de dados biométricos.

Alex Vieira, especialista em Cibersegurança da PierSec, alerta que o maior risco é que dados como a biometria da íris não podem ser alterados. Ele também lembra que, se a pessoa decidir vender seus dados, não poderá reverter essa ação. Por isso, recomenda-se ler os termos e condições e a política de privacidade para entender completamente como os dados serão utilizados.

Ainda assim, algumas ações podem ajudar a minimizar os danos em caso de vazamento. “O usuário precisa estar atento e acompanhar seus dados bancários para garantir que não haja anormalidades ou até a criação de novas contas. Também é essencial utilizar a autenticação em dois fatores e, caso perceba o vazamento de seus dados, entrar em contato com a ANPD”, explica o especialista.

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