O ex-promotor de Justiça, Thales Ferri Schoedl, que foi acusado de matar Diego Mendes Mondanez e ferir Felipe Cunha de Souza em um luau no 30 de dezembro de 2004, na Praia da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, Litoral de São Paulo irá a júri popular no próximo dia 3 de junho. Ele havia sido absolvido por unanimidade pelos desembargadores do Órgão Especial do TJ-SP, em 2008, porém, a decisão foi anulada.
Por conta do homicídio, ele foi exonerado do cargo de promotor em 2018, após o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, seguiu decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (MP) e definiu pela demissão de Schoedl. Com isso, ele perdeu o foro especial, e o resultado do júri, anulado.
Como foi o crime
O caso ocorreu em meio a um luau na Riviera de São Lourenço, e segundo Thales, as vítimas e outros rapazes chamaram a sua namorada de “gostosa”, o acusado então os repreenderam, momento em que partiram para a agressão. Armado com uma pistola calibre 380, Thales Ferri Schodi baleou quatro vezes o estudante de direito Felipe Siqueira Cunha de Souza, de 21 anos, e matou o jogador de basquete Diego Mendes Modanez, de 20.
Ele foi autuado em flagrante por dois homicídios qualificados (um consumado e outro em tentativa) e chegou a ficar 49 dias detido no Regimento de Cavalaria Nove de Julho, na Capital, até obter liberdade provisória pelo Órgão Especial do TJ-SP. Ele alegou legítima defesa.