A família do pequeno Bernardo Silva Caires, de sete meses, está lutando contra o tempo para salvar a vida dele. O bebê foi diagnosticado com um problema cardíaco e se encontra internado no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, mas o clamor dos pais e familiares é que ele seja transferido para São Paulo.
À reportagem, de acordo com a família, desde os 30 dias de vida ele tem encarado o problema cardíaco, mas a situação piorou na última sexta-feira (06/10). O bebê foi levado para o Pronto-Socorro do Quietude, mas depois foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Irmã Dulce, para o recebimento do tratamento adequado, com o acompanhamento cardíaco.
A mãe do Bernard, Tamires Marques da Silva, relatou a batalha que tem encarado para garantir a vida do filho. Ela também contou que sobre a vida que ele passou e o que vem enfrentando.
“Ele já ficou internado e decorrente passou mais de 3 meses internado e teve diversas complicações conseguiu vencer e saiu bem graças a Deus. Hoje ele se encontra internado de novo no Hospital Irmã Dulce, e precisa de um cardiologista pediátrico para investigação de uma possível cardiopatia congênita”, detalha.
Tamires também contou para a reportagem que foi feito pedido para que o pequeno Bernardo seja inserido no Sistema Cross, para ser encaminhado a um hospital de São Paulo. No entanto, segundo ela, o Cross não quer aceitar ele como paciente direto.
“Eles dizem que precisa ter uma cardiopatia definida já para chegar lá com tudo pronto. Ele estava fazendo acompanhamento no Hospital Guilherme Álvaro com cardiologista pediátrico. Só que o hospital desmarcou a consulta dele três vezes e cada remarcação demorava um mês. Dessa forma foram três meses perdidos, sendo que ele conseguiu passar na primeira consulta com o cardiologista pediátrico em ambulatório dia 26 de setembro que pediu exames para quando retorna-se com ele”, desabafa.
A mãe também contou que atualmente o bebê se encontra internado novamente com insuficiência cardíaca e hipertensão pulmonar, três vezes maior que o batimento normal. Apesar disso, segundo Tamires, o Cross não quer aceitar que ele suba direito para São Paulo porque tem que primeiro definir a cardiopatia que ele tem.
“Foi falado com o médico que atende ele em ambulatório no Guilherme Álvaro e o médico disse que não adianta levar pra lá por que ,ele tem que ir para São Paulo. Mas como o Cross não aceitou ele não por não precisar, mas sim por não ter uma cardiopatia definida já, eles querem que chegue lá tudo pronto”, explica.
O THMais procurou o Hospital Irmã Dulce e a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, para explicarem o que tem sido feito para ajudar o pequeno Bernardo.
Em nota, a secretaria informou que o Departamento Regional de Saúde (DRS) da Baixada Santista informa que, de acordo com o informado pelo Hospital Municipal Irmã Dulce, em Praia Grande, neste momento, o paciente B.S.C. está realizando tratamento para um quadro de infecção e, após melhora clínica, ele será reavaliado.
O paciente está inserido na Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross) e sendo regulado por ordem clínica e cronológica, assim como os demais pacientes da rede, para leito de terapia intensiva pediátrica.
A pasta explica que o Cross é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência, e funciona 24 horas por dia. Seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso.
Já o Hospital Irmã Dulce confirmou a solicitação, mas que eles permanecem checando e monitorando o estado de saúde do bebê.
A Prefeitura de Praia Grande também foi procurada e informou que o paciente está internado no Hospital Irmã Dulce recebendo todos os cuidados possíveis da equipe médica da unidade. O procedimento que o paciente aguarda é de alta complexidade, cuja vaga é regulada pelo Sistema CROSS, de competência do Governo do Estado.
