Acabou a história de dizer que o Brasil é o “país do futebol”. Agora o Brasil também é o “país do surf”. Neste sábado (09/09), Filipe Toledo garantiu a sua segunda conquista do Mundial de Surf, sendo o sétimo do país nos últimos nove anos. Os outros heróis desta façanha foram Gabriel Medina, Adriano de Souza e Ítalo Ferreira.
A decisão foi em em Trestles, na Califórnia, (EUA) e pela frente, Filipe Toledo tinha pela frente Ethan Ewing. O confronto da final colocou frente a frente dois estilos de surfe muito diferentes. Enquanto Ethan manteve a linha de borda com rasgadas muito fortes, colocando muita radicalidade no lipe, Filipe trouxe para o jogo o modo brasileiro moderno de surfar. Toledo combinou a linha progressiva com os aéreos, colocando pressão no julgamento dos juízes.
Para vencer, Filipe precisava de duas vitórias nas baterias. Na primeira, Ethan chegou a sair na frente com nota 7.33 contra 7.00 do brasileiro. Só que a o brasileiro foi reagindo aos poucos e na primeira onda da sessão misturando rasgadas e aéreos, o brasileiro foi reagindo, enquanto Ethan apostava em um surfe mais clássico. Com 15 minutos, Filipe surfou uma onda 9.00 e conseguiu a virada. Faltando 12 para o final da bateria, ele trocou de somatório com 8,97. Filipinho segurou a prioridade no final para vencer Ethan por 17.97 a 17.23.
Já na segunda bateria, a estratégia predominou para ambos e depois de 20 minutos, Filipe Toledo pegou a primeira onda. Após forçar um drope e sair, ele fez simbólicos 0.37. Sem prioridade, Filipinho fabricou uma nota 5.17 ao combinar rasgadas com um aéreo reverse em uma onda sem pressão. Com Ethan “sentado” na prioridade, o brasileiro encontrou uma boa oportunidade para fazer 7.50 e aumentar o somatório.
Pressionando, Ethan surfou sua primeira onda quando o relógio marcava oito minutos para o fim. Ele conseguiu encaixar duas notas em sequência, um 4.70 e um 7.67, para somar 12.37. Filipe, no entanto, logo trocou a sua segunda nota com 6.77 e somatório 14.27.
Com a prioridade e a liderança da bateria, Filipinho esperou a buzina tocar para comemorar o bicampeonato mundial. Na saída da água, ele foi comemorar primeiro com a esposa e os filhos e em seguida caiu nos braços dos brasileiros que invadiram a praia de Trestles.