A partir da próxima semana, o município de Santos inicia uma nova frente de batalha para combate ao mosquisto Aedes aegypti: a formação de brigadas formadas por funcionários em escolas municipais, estaduais e em instituições subvencionadas. Eles terão a missão de realizar vistorias na unidade escolar e eliminar situações de risco de criadouros para o mosquito Aedes aegypti.
A ação foi articulada pelo Programa Saúde na Escola (PSE), que reúne servidores das secretarias municipais de Saúde e Educação, com apoio da Diretoria de Ensino de Santos, do governo estadual, e terá como facilitador o Centro de Controle de Zoonoses e Vetor de Santos, a quem caberá treinar e acompanhar o trabalho dos brigadistas.
A primeira turma capacitada, nesta segunda-feira (18), será da E.E. Neves Prado Monteiro. Na terça, é a vez da equipe da E.E. Visconde de São Leopoldo e na sexta (22), da E.E. Suetônio Bittencourt. No dia 25, a agenda é da E.E. Dep. Emílio Justo.
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“A mobilização contra o Aedes aegypti não se restringe à nossa casa, mas deve se estender ao local de trabalho e outros espaços que utilizamos diariamente e onde passamos grande parte do nosso dia. Ao formar estes brigadistas, estaremos sensibilizando comunidades escolares inteiras e conscientizando, indiretamente, os alunos”, afirma o secretário de Saúde de santos, Fábio Lopez.
Tecnologia
Os agentes de combate a endemias de Santos e os integrantes do grupo de Informação, Educação e Comunicação (IEC) instruirão os brigadistas quanto à checagem da unidade e o preenchimento das informações no Sigelu, sistema do governo federal utilizada para registro das tarefas realizadas para o enfrentamento ao Aedes aegypti.
O sistema permite que as informações sejam enviadas em tempo real através do App Combate Aedes por celulares e tablets ou em ambiente web, por computadores.
A vistoria deverá ser feita semanalmente — tempo necessário para impedir a conclusão do ciclo para o nascimento do mosquito transmissor.
“Todas as escolas de Santos são cadastradas como imóveis especiais e recebem visitas mensais dos agentes de combate a endemias. Esse trabalho continuará, porém com os brigadistas será muito mais rápido agir em situações de risco para o acúmulo de água, por exemplo, entre outras situações que podem ser observadas na rotina e que demandem alguma serviço de limpeza, como uma calha entupida. A agilidade e o olhar atento desses profissionais serão nossos aliados”, acrescenta Ana Paula Valeiras, diretora de Vigilância em Saúde de Santos.
Vacinação
A vacina contra a dengue segue disponível nas policlínicas para crianças e jovens de 10 a 14 anos. Para completar o esquema vacinal, são necessárias duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Até o momento, 26,08% do público-alvo completou o esquema vacinal.
Somente com as duas doses a pessoa está devidamente protegida. Quanto mais gente vacinada, menos o vírus circulará na cidade.
O mosquito
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito.
Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.
Estratégias de Santos ao enfrentamento ao Aedes Aegypti – Ano Inteiro
Casa a Casa – programa de visitação de rotina aos imóveis
Mutirão – varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos – locais visitados mensalmente
Imóveis especiais: grande circulação de pessoas – escolas, hotéis, shopping centers
Pontos estratégicos: mais risco de criadouros – borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
Nebulização – aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
Armadilhas – Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
Acompanhamento epidemiológico – notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
Atividades Educativas – atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
Monitoramento com drones em locais de difícil acesso
Atendimento a denúncias – feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou site www.santos.sp.gov.br/ouvidoria



