A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) contratou, por meio da Fundação Florestal, um serviço de remoção da espécie Sonneratia apetala no Parque Estadual Serra do Mar. As atividades estão programadas para ocorrer de agosto a novembro. A espécie, originária dos manguezais da região Indo-Malaia, está sendo retirada do ambiente devido à sua alta adaptabilidade, podendo ocupar o espaço das espécies nativas.
A coordenadora do programa de gestão integrada de manguezais na Fundação Florestal, Laís Coutinho, fala que a espécie se destaca das árvores nativas do manguezal, sendo maior em tamanho e largura, prevalecendo sobre as espécies originárias do bioma.
A Fundação Florestal, em parceria com o IBAMA e pesquisadores, realizou vistorias em campo e constatou a gravidade da situação. A solução adotada foi a implementção de medidas de DPRR — Detecção Precoce e Resposta Rápida. O primeiro registro da espécie exótica no Brasil ocorreu em fevereiro deste ano. Na época, foram detectadas 86 unidades, hoje, esse número é aproximadamente 250. A rápida reprodução pode alterar a estrutura do ecossistema, prejudicando a biodiversidade nativa e comprometendo o ambiente.
O Programa de Gestão Integrada de Manguezais visa a conservação, recuperação, valorização e ampliação do conhecimento sobre os manguezais geridos pela Fundação Florestal. O programa realiza ações de monitoramento, manejo de espécies exóticas e invasoras, e educação ambiental. Os manguezais são ambientes estuarinos reconhecidos pela ampla capacidade de fornecer serviços ecossistêmicos essenciais para a manutenção da vida marinha e terrestre. Além da importância para as comunidades caiçaras, os maguezais são aliados no enfrentamento das mudanças climáticas, pois tem uma alta capacidade de estoque de carbono.