Foi condenado a 25 anos, dois meses e 12 dias, o homem que matou a facadas o próprio amigo. O crime aconteceu em Itanhaém, na época das eleições 2022 e segundo o júri, o homem será preso em regime fechado por homicídio qualificado por motivo fútil no Fórum da cidade nesta quinta-feira (20).
O crime aconteceu em 2022 após uma discussão entre Luis Antônio Ferreira da Silva e a vítima por discordância política.
Silva é eleitor do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT), enquanto a vítima, José Roberto Gomes Mendes, era apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O homem vestia uma camiseta com a foto do ex-presidente quando foi assassinado em outubro do ano passado.
Sete pessoas participaram do júri popular, sendo cinco mulheres e dois homens. Ao todo, quatro testemunhas foram ouvidas na audiência que começou às 10h e terminou por volta das 15h desta quinta-feira.
Entenda como foi o crime
No dia 4 de outubro, o apoiador de Lula matou o amigo. O crime foi na Avenida Santo André, no bairro Nova Itanhaém. Após ser detido pela Polícia Militar, o suspeito, Luis Antônio Ferreira da Silva confessou o assassinato e relatou que morava junto com a vítima há cinco anos.
No local, os agentes encontraram o corpo do bolsonarista no chão e com oito ferimentos de faca espalhados pelo rosto, costas e pescoço.
Em depoimento à PM, Luis alegou que a discussão começou durante o almoço, quando a vítima disse que “todo petista era ladrão” e recebeu como resposta que ele “estava comendo a comida que o petista comprou”.
Ainda conforme relatado pelo suspeito à corporação, José Roberto atirou uma panela em sua direção e, na sequência, pegou uma faca para atacá-lo. Os dois entraram em luta corporal, quando Luis Antônio tomou o objeto e golpeou a vítima.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém, os motivos e quantidades de facadas descartaram, por ora, o eventual reconhecimento de legítima defesa por parte de Luis Antônio.