Imagens da noite do assassinato de Igor Peretto são divulgadas e ajudam a entender linha do tempo do crime

O assassinato de Igor Peretto, de 27 anos, segue sendo investigado, e o suposto assassino, Mário Vitorino, de 23 anos, segue foragido há mais de 10 dias do crime. Marcelly Peretto, e Rafaela Costa Silva, irmã e esposa da vítima, respectivamente, já foram presas por terem envolvimento na ação criminosa. Imagens da câmera de segurança do prédio onde o caso aconteceu, obtidas pelo Portal TH+, ajudam a entender a linha do tempo da ação criminosa.

A família de Igor oferece R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro do homem procurado. A prisão temporária dele já foi decretada pela Justiça de Praia Grande. Há informações, não oficiais, de que o mesmo foi visto na região de Guarulhos, em São Paulo, capital. Amigos e familiares compartilham fotos do acusado de diversos ângulos nas redes sociais, afim de ajudar a identificação do mesmo, que pode estar sem barba, careca, e se ‘camuflando’ na população.

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O crime

O caso aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto, na Avenida Paris, em Praia Grande. Por volta de 7h30, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, que informou o que ouviu durante a noite. Ela teria tentado contato com o apartamento diversas vezes, sem retorno.

A responsável pelo edifício decidiu, então, olhar as câmeras de monitoramento do prédio, e identificou os seguintes fatos: a moradora do apartamento, irmã da vítima, chega com a esposa de Igor por volta de 4h37. Uma hora depois chega ao local a vítima e o homem investigado.

Rafaela e Marcelly chegam no apartamento
Uma hora depois, chega Igor e Mário

    Assim que soube que os rapazes estavam indo para o apartamento, Rafaela vai embora cerca de 3 minutos antes.

    Cerca de meia hora depois da chegada dos dois, Mário e Marcelly são vistos deixando o local juntos. Ela aparece com alguns pertences da mão, carregador de celular, bolsa, e embarca no carro do suposto assassino.

    Diante das informações concedidas pela síndica à Polícia Militar naquela manhã, um chaveiro foi chamado para abrir a porta do apartamento. No corredor havia sinais de sangue. Ao adentrarem o imóvel, Igor foi encontrado caído dentro do quarto, próximo da janela.

    Sangue no corredor do prédio
    Vítima encontrada no quarto

    O apartamento estava todo revirado. Uma faca com sangue foi encontrada no banheiro, e imediatamente apreendida para perícia.

    O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e constatou a morte de Igor, comerciante e irmão do vereador Tiago Peretto, de São Vicente.

    O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foi acionado para investigar o crime.

    Atualizações dos últimos dias

    Na última sexta-feira (6), Rafaela que havia fugido com Mário, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, sendo presa imediatamente. Ela prestou seu depoimento sobre o caso, e alegou que não sabia do que havia acontecido com Igor, seu marido, até o procurado contar pra ela durante a fuga. A mulher, que matinha uma relação extraconjugal com o procurado, não estava no apartamento onde a vítima foi morta. Ela é vista saindo minutos antes dos dois homens chegarem ao local.

    Em depoimento à imprensa, a mulher de Igor ainda confessou o caso com o até então cunhado, e relatou ainda que naquela noite, também teria se relacionado com Marcelly, a irmã da vítima e esposa de Mário.

    Assim que Rafaela foi presa, Marcelly foi também detida na mesma tarde. Ela estava dentro do imóvel no momento em que Igor foi assassinado, e deixou o local com o autor do crime. Anteriormente, a mesma havia alegado ter sido obrigada pelo homem à fugir com ele, mas a polícia encontrou divergências em seu depoimento.

    O carro utilizado no dia da fuga foi encontrado na noite de quinta-feira (5), em Pindamonhangaba (SP). No interior do veículo haviam marcas que aparentavam sangue. Após uma perícia, o automóvel foi levado à sede da corporação que investiga o caso.

    A equipe prossegue com as diligências para o esclarecimento dos fatos, mas as autoridades não detalharão as investigações para não interferir no andamento do trabalho policial.

    Reprodução

    Quem é Mário

    Mario Vitorino da Silva Neto, de 23 anos, era amigo, sócio e cunhado da vítima. O homem era casado há cerca de 6 anos com Marcelly Peretto. O casal, junto de Rafaela e Igor, eram amigos e viajavam com frequência juntos, além de se encontrarem e saírem frequentemente.

    O acusado é supostamente o assassino da vítima, e está foragido desde a noite do crime. Seu casamento com a irmã de Igor passava por uma crise, estando separados há cerca de três meses, mas tinham recaídas na relação.

    O que teria acontecido antes

    Igor era casado com Rafaela, e Mário com a irmã da vítima, Marcelly. Os dois casais enfrentavam uma crise conjugal, tendo já tentado uma separação, mas que não havia sido formalizada.

    Naquela noite, os quatro saíram juntos, e ao retornarem para casa, segundo relato do irmão da vítima, Mário e Rafaela já haviam combinado de se encontrar após todos serem deixados cada um em sua casa.

    Enquanto a vítima ainda estava no carro com o assassino, a mulher teria ligado para Mário. Igor, vendo sua esposa ligar para o até então cunhado, questionou o homem, e então começou uma discussão.

    Todos decidiram então se encontrar no apartamento de Marcelly para resolver a questão, onde a briga ficou mais acalorada, passando para agressões até o assassinato.

    Não se sabe desde quando Rafaela e Mário se relacionavam. A mulher deixou para trás o filho que tinha com Igor, que está sendo cuidado pela irmão da vítima.

    O depoimento da irmã da vítima

    Marcelly Peretto, irmã de Igor, prestou seu depoimento à polícia na tarde de segunda-feira (2). A polícia, porém, identificou contradições, e o fato da mesma não estar machucada, chamou a atenção da corporação.

    A investigada contou que foi pressionada pelo assassino à deixar o imóvel. Ela não teria presenciado o irmão sendo morto, pois estava em outro quarto. Após saírem do edifício, ela teria sido abandonada em uma estrada pelo marido.

    A defesa de Marcelly disse que, apesar de aparecer no boletim de ocorrência como ‘investigada’, a mesma apenas teria se apresentado à polícia para esclarecer os momentos de antes e depois do crime.

    O casamento da irmã da vítima e de Mário estaria oficial ainda no papel, porém, ambos já não moravam mais juntos.

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