Influenciador alvo da Operação Faketech ostenta em redes sociais com lucro proveniente de perdas de vítimas da Baixada Santista; Entenda

Uma operação nomeada “Faketech” foi desmantelada na Baixada Santista e aconteceu simultaneamente em três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, contra uma organização criminosa que realiza fraudes e lavagem de dinheiro por meio de jogos online, tais como ‘Jogo do Tigrinho’ e Cassino Online. Ruyter Poubel, de 27 anos, que acumula mais de 20 milhões de seguidores nas redes sociais é alvo das investigações.

O influenciador vende cursos de como jogar em uma plataforma digital, e de acordo com o inquérito policial, o suspeito lucrava com as perdas dos seguidores recebendo um tipo de comissão paga pela casa de apostas.

A ação policial foi realizada na última sexta-feira (27), e conduzida pela 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Deic do Deinter 6 de Santos. Ao todo foram empregados 22 policiais e 8 viaturas da Policia Civil de São Paulo (Deinter 6), além de 19 policiais e 8 viaturas das Policias Civis dos outros estados alvos da operação.

Entre os 14 endereços alvos dos mandados de busca e apreensão, um é de Ruyter, e outro é de outro influenciador digital Jonatan Martins Pacheco. Não há informações do que teria sido apreendido nos locais.

Os dois mencionados ainda teriam se juntado e criado as próprias casas de apostas, além de empresas com um esquema de transações financeiras. Estas empresas estariam em nome de outros 6 homens, também investigados na operação.

No site ‘Reclame Aqui’ constam mais de 7 mil reclamações dos negócios citados, e há dezenas de boletins de ocorrências registrados no estado de São Paulo.

Operação

Foram cumpridos 14 mandados de busca domiciliar em todos os endereços constantes na investigação. No Rio de Janeiro, a corporação apreendeu motos aquáticas e carros de luxo, incluindo um Porsche, todos confiscados.

A organização criminosa passou a ser investigada após denúncias de vítimas da Baixada Santista. Foi constatado que os golpes já atingiram mais de 7 mil pessoas em todo o país.

Cerca de 6 integrantes da quadrilha criam empresas falsas, e dois influencers de grande alcance nas redes sociais promovem as plataformas fraudulentas, incentivando as vítimas a realizarem apostas.

Nesta primeira fase da operação, ninguém foi preso, mas a corporação informou que seguirá com a investigação para deflagrar a segunda fase em breve para chegar a mais envolvidos, e representar pela prisão de todos junto ao poder judiciário.