A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) foi acionada pela Polícia Federal para ajudar nas investigações do caso do corpo encontrado em estado avançado de decomposição em um contêiner no Porto de Santos.
De acordo com as informações da PF, a embarcação onde o corpo estava, saiu de Singapura e atracou no dia 1º de setembro no Porto de Tanger, no Marrocos, quando o contêiner foi embarcado. Antes de vir ao Brasil, o navio também passou pela Costa do Marfim. Já nos mares brasileiros, a embarcação passou por Salvador, na Bahia, antes de chegar ao Porto de Santos no dia 10 de setembro. Mas, apenas no dia 14 de setembro, é que o corpo foi detectado por um scanner no cais santista.
A notificação foi enviada do caso à Interpol. O objetivo agora é que a organização acione as autoridades do Marrocos e da Costa do Marfim, a fim de ajudar na investigação. Os trabalhos, para identificação do corpo, são coordenados pela Polícia Federal.
O cadáver também já passou por exame necroscópico para identificação no Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande. Mas ainda não há prazo definido para a conclusão deste documento.
A Polícia Federal segue apurando duas possibilidades. Primeiro é se a vítima era de Marrocos e morreu durante a viagem. Já a segunda hipótese é que ela pode ter sido assassinada no país africano e, depois, foi colocada na caixa metálica.
Ainda segundo a PF, caso o exame necroscópico aponte que a morte aconteceu fora do Brasil, e que o caso não necessite mais da atribuição da PF, as informações sobre o ocorrido serão encaminhadas para outro país, podendo ser o local onde a pessoa embarcou, nasceu ou morreu.