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Julgamento do trio acusado pela morte de Igor Peretto acontece nesta quinta-feira em Praia Grande

Reprodução

Acontece nesta quinta-feira (20), a audiência de instrução e julgamento do trio acusado pela morte de Igor Peretto, morto a facadas em um apartamento na cidade de Praia Grande, litoral paulista, em agosto de 2024. Rafaela Costa, viúva da vítima, Marcelly Peretto, irmã, e Mário Vitorino, amigo e cunhado, respondem por homicídio triplamente qualificado.

O caso em questão, de repercussão nacional, ocorreu no apartamento da irmã de Igor. O trio teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 31 de outubro de 2024, e foi denunciado pelo Ministério Público (MP-SP), que alega que o crime teria sido premeditado.

A sessão terá início a partir das 8h, no Fórum de Praia Grande. Nesta audiência de instrução e julgamento, o objetivo é que o juiz colha provas e ouça depoimentos para esclarecer os fatos do processo. Após as oitivas, as partes deverão apresentar suas razões ou alegações finais, podendo o magistrado proferir sentença na própria audiência ou no prazo de 30 dias.

O irmão da vítima, Tiago Peretto, foi escolhido como testemunha de Mário Vitorino, suposto assassino de Igor. “É o cúmulo do absurdo”, comentou nas redes sociais. O também vereador de São Vicente se manifestou sobre sua expectativa para esta quinta-feira (20), e publicou que todos que quiserem estar presentes em apoio a #justiçaporIgor será bem-vindo.

Para o Ministério Público, a vítima seria um ‘empecilho’ no triângulo amoroso, e sua morte traria uma vantagem financeira aos acusados, visto que Mário poderia assumir a liderança da empresa em que era sócio com Igor, e a viúva receberia a herança. Marcelly, por se relacionar com os dois, também teria benefícios.

O trio teria executado um “plano mortal” contra a vítima, por ‘motivo torpe’ (aquele considerado como imoral). Ao planejarem o crime, Mário atacou a vítima com uma faca, Rafaela atraiu Igor para o local e, junto com Marcelly, incentivou o assassino a matá-lo.

A vítima estava desarmada, e foi atacada por uma pessoa próxima, de quem não esperava mal, o que dificultou a sua defesa. Ainda de acordo com a denúncia do MP, assim que a viúva deixa o apartamento, a mesma realiza uma pesquisa em seu celular, sobre possíveis rotas de fuga, confirmando que Rafaela sabia o que iria acontecer em seguida. Além disso, quando já estava com os comparsas, também foi pesquisado “quanto tempo um corpo demora para feder”.

No laudo há a confirmação de que Igor foi esfaqueado 40 vezes, sendo que apenas um dos golpes pelas costas já era capaz de gerar tetraplegia, segundo o perito.

Rafaela e Marcelly cumprem pena atualmente no CDP (Centro de Detenção Provisória) Feminino de Franco da Rocha (SP), no mesmo pavilhão, mas não dividem cela. Mário Vitorino foi transferido para a Penitenciária II de Tremembé, conhecida por ser a “cadeia dos famosos”.

Linha do Tempo

O caso aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto de 2024, na Avenida Paris, em Praia Grande. Por volta de 7h30, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, que informou que ouviu muitos barulhos durante a noite. Ela teria tentado contato com o apartamento diversas vezes, sem retorno.

A responsável pelo edifício decidiu, então, olhar as câmeras de monitoramento do prédio, e identificou os seguintes fatos: a moradora do apartamento, irmã da vítima, chega com a esposa de Igor por volta de 4h37. Elas chegam rindo e conversando. Uma hora depois, Rafaela, ciente de que os homens estavam em direção ao local, é vista deixando o prédio cerca de 3 minutos antes da chegada da vítima e do homem investigado.

Meia hora depois da chegada dos dois, Mário e Marcelly são vistos deixando o local juntos. Antes de acessarem a rua, o homem aparece correndo no subsolo, parecendo “desesperado” para deixar a cena do crime. Ela aparece com alguns pertences na mão, como carregador de celular e bolsa, e embarca no carro do suposto assassino.

Em seguida, o casal vai até a casa de Mário para pegar alguns pertences, como é citado em depoimento à polícia. No elevador deste imóvel, Marcelly apoia a cabeça no ombro do homem que havia acabado de matar seu irmão, e aparenta estar chorando. Em sua camiseta branca, parecem marcas de sangue.

Voltando para a versão da síndica à Polícia Militar naquela manhã, um chaveiro foi chamado para abrir a porta do apartamento. No corredor havia sinais de sangue. Ao adentrarem o imóvel, Igor foi encontrado caído dentro do quarto, próximo da janela.

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Sangue no corredor do prédio
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Vítima encontrada no quarto

O apartamento estava todo revirado. Uma faca com sangue foi encontrada no banheiro, e imediatamente apreendida para perícia.

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O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e constatou a morte de Igor, comerciante e irmão do vereador Tiago Peretto, de São Vicente.

O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foi acionado para investigar o crime.

No dia 6 de setembro de 2024, Rafaela que havia fugido com Mário, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, sendo presa imediatamente. Ela prestou seu depoimento sobre o caso, e alegou que não sabia do que havia acontecido com Igor, seu marido, até o procurado contar pra ela durante a fuga. A mulher, que matinha uma relação extraconjugal com o procurado, não estava no apartamento onde a vítima foi morta. Ela é vista saindo minutos antes dos dois homens chegarem ao local.

Em depoimento à imprensa, a mulher de Igor ainda confessou o caso com o até então cunhado, e relatou ainda que naquela noite, também teria se relacionado com Marcelly, a irmã da vítima e esposa de Mário.

Assim que Rafaela foi presa, Marcelly foi também detida na mesma tarde. Ela estava dentro do imóvel no momento em que Igor foi assassinado, e deixou o local com o suposto autor do crime. Anteriormente, a mesma havia alegado ter sido obrigada pelo homem à fugir com ele, mas a polícia encontrou divergências em seu depoimento.

O carro utilizado no dia da fuga foi encontrado na noite do dia 5 de setembro de 2024, em Pindamonhangaba (SP). No interior do veículo haviam marcas que aparentavam sangue.

Este caso possui diversos desdobramentos desde a noite do crime, e o Portal TH+ separou os principais acontecimentos em tópicos para facilitar o entendimento dos fatos.

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