RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Justiça mantém prisão de cunhado acusado de matar empresário a facadas

Igor Peretto, de 27 anos, foi encontrado morto no apartamento da irmã, Marcelly Peretto, em Praia Grande (SP). A então mulher de Igor, Rafaela Costa e Mario Vitorino (cunhado) foram presos acusados de envolvimento no homicídio.

A Justiça de Praia Grande, no litoral de São Paulo, negou o pedido de revogação da prisão temporária de Mario Vitorino da Silva Neto, acusado de matar a facadas o cunhado e sócio, Igor Peretto, de 27 anos, em 31 de agosto do ano passado, em Praia Grande. Após o pedido que havia sido feito pelos advogados, Mario irá permanecer preso na Penitenciária Dr. Geraldo de Andrade Vieira – São Vicente I.

De acordo com a decisão, do juiz Felipe Esmanhoto Mateo, do Foro da Praia Grande, apontou que as provas sustentam a participação dos três acusados no crime, e que a liberdade de Mario colocaria em risco as investigações. E além disso, o juiz afirmou que o acusado teria transferido dinheiro para Rafaella, provavelmente após o crime.

“O ‘modus operandi’ da conduta criminosa demonstra elevado grau de periculosidade do réu Mario, considerando que, ao menos em juízo de cognição sumária, a vítima teria sofrido diversos golpes de faca. Assim, de rigor a decretação da prisão preventiva, para garantia da ordem pública”, diz a decisão.

Defesa de Mario

O pedido de revogação da prisão preventiva foi o último dos quase 90 requerimentos feitos pela defesa de Mario à Justiça. O advogado do réu, Mário André Badures Gomes Martins, questiona outros pontos da investigação que vão “desde a existência de provas ilícitas quanto a ausência de provas quanto ao imaginário trisal”.

Com a decisão, Mario Vitorino permanece preso em São Vicente. Pedido de liberdade é um dos mais de 80 requerimentos feitos pela defesa.

Linha do Tempo

O caso aconteceu na madrugada do dia 31 de agosto de 2024, na Avenida Paris, em Praia Grande. Por volta de 7h30, a Polícia Militar foi acionada pela síndica do prédio, que informou que ouviu muitos barulhos durante a noite. Ela teria tentado contato com o apartamento diversas vezes, sem retorno.

A responsável pelo edifício decidiu, então, olhar as câmeras de monitoramento do prédio, e identificou os seguintes fatos: a moradora do apartamento, irmã da vítima, chega com a esposa de Igor por volta de 4h37. Elas chegam rindo e conversando. Uma hora depois, Rafaela, ciente de que os homens estavam em direção ao local, é vista deixando o prédio cerca de 3 minutos antes da chegada da vítima e do homem investigado.

Meia hora depois da chegada dos dois, Mário e Marcelly são vistos deixando o local juntos. Antes de acessarem a rua, o homem aparece correndo no subsolo, parecendo “desesperado” para deixar a cena do crime. Ela aparece com alguns pertences na mão, como carregador de celular e bolsa, e embarca no carro do suposto assassino.

Em seguida, o casal vai até a casa de Mário para pegar alguns pertences, como é citado em depoimento à polícia. No elevador deste imóvel, Marcelly apoia a cabeça no ombro do homem que havia acabado de matar seu irmão, e aparenta estar chorando. Em sua camiseta branca, parecem marcas de sangue.

Voltando para a versão da síndica à Polícia Militar naquela manhã, um chaveiro foi chamado para abrir a porta do apartamento. No corredor havia sinais de sangue. Ao adentrarem o imóvel, Igor foi encontrado caído dentro do quarto, próximo da janela.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é igor-peretto-9.png
Sangue no corredor do prédio
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é igor-blur.png
Vítima encontrada no quarto

O apartamento estava todo revirado. Uma faca com sangue foi encontrada no banheiro, e imediatamente apreendida para perícia.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é igor-perertto-2.png

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, e constatou a morte de Igor, comerciante e irmão do vereador Tiago Peretto, de São Vicente.

O caso foi registrado como homicídio na Central de Polícia Judiciária (CPJ). O setor de Homicídios da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade foi acionado para investigar o crime.

No dia 6 de setembro de 2024, Rafaela que havia fugido com Mário, se entregou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da cidade, sendo presa imediatamente. Ela prestou seu depoimento sobre o caso, e alegou que não sabia do que havia acontecido com Igor, seu marido, até o procurado contar pra ela durante a fuga. A mulher, que matinha uma relação extraconjugal com o procurado, não estava no apartamento onde a vítima foi morta. Ela é vista saindo minutos antes dos dois homens chegarem ao local.

Em depoimento à imprensa, a mulher de Igor ainda confessou o caso com o até então cunhado, e relatou ainda que naquela noite, também teria se relacionado com Marcelly, a irmã da vítima e esposa de Mário.

Assim que Rafaela foi presa, Marcelly foi também detida na mesma tarde. Ela estava dentro do imóvel no momento em que Igor foi assassinado, e deixou o local com o suposto autor do crime. Anteriormente, a mesma havia alegado ter sido obrigada pelo homem à fugir com ele, mas a polícia encontrou divergências em seu depoimento.

O carro utilizado no dia da fuga foi encontrado na noite do dia 5 de setembro de 2024, em Pindamonhangaba (SP). No interior do veículo haviam marcas que aparentavam sangue. Após uma perícia, o automóvel foi levado à sede da corporação que investiga o caso.

O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é image-81.png
Reprodução

O que teria acontecido antes

Igor era casado com Rafaela, e Mário com a irmã da vítima, Marcelly. Os dois casais enfrentavam uma crise conjugal, tendo já tentado uma separação, mas que não havia sido formalizada.

Naquela noite, os quatro saíram juntos, e ao retornarem para casa, segundo relato do irmão da vítima, Mário e Rafaela já haviam combinado de se encontrar após todos serem deixados cada um em sua casa.

Enquanto a vítima ainda estava no carro com o assassino, a mulher teria ligado para Mário. Igor, vendo sua esposa ligar para o até então cunhado, questionou o homem, e então começou uma discussão.

Todos decidiram então se encontrar no apartamento de Marcelly para resolver a questão, onde a briga ficou mais acalorada, passando para agressões até o assassinato.

Não se sabe desde quando Rafaela e Mário se relacionavam. A mulher deixou para trás o filho que tinha com Igor, que está sendo cuidado pela irmão da vítima.

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS