Livro sobre a Educação Imigrante em Santos será lançado no Museu do Café

Créditos: Divulgação

Muita gente busca entender como foi a popularização dos imigrantes, que começaram a chegar no Brasil no final do Século 19. O Porto de Santos foi a principal entrada dos vários imigrantes e para abordar este tema e também a educação deles, nesta sexta-feira (18), acontece no Museu do Café, o lançamento do livro ‘Educação Imigrante em Santos – Práticas educacionais em uma cidade portuária’, da professora Flaviana de Assis.

A sessão de autógrafos acontece a partir das 18h30, no Museu do Café, localizado na Rua XV de Novembro, 95, Centro Histórico. O livro é fruto de uma dissertação de mestrado da autora, pela USP, apresentando o período de imigração para o Brasil via Porto de Santos, entre 1890 e 1925.

A abordagem, até então inédita, fala sobre a educação para os estrangeiros adultos recém-chegados, explanando o importante período da História da Educação do País e da Cidade de Santos. 

A pesquisa apresentada consiste no mapeamento da educação destinada ao trabalhador imigrante em Santos.

“Ao longo das últimas décadas, publicações narraram sob diversos olhares as lutas sindicais, palco da memória trabalhadora na cidade de Santos. Empresas como Companhia Docas e São Paulo Railway Company estiveram à frente das obras que facilitaram o acesso e à exportação do café. Em decorrência deste processo, chegaram em terras brasileiras milhares de imigrantes europeus, sobretudo aqueles provenientes da Espanha, Portugal e Itália”, detalha Flaviana.

Ela ainda acrescenta que os imigrantes italianos, em sua grande maioria, seguiram em direção às lavouras cafeeiras com o sonho da terra própria, enquanto portugueses e espanhóis fixaram moradia em Santos. “Esse crescimento repentino, com uma grande movimentação populacional, acarretou uma miscigenação cultural”. 

Foram entrevistadas pessoas vinculadas a associações e sindicatos de modo a compreender por meio da história oral o funcionamento e a atuação dessas entidades. Também foram consultados fundos documentais públicos e privados, para circunscrever a trajetória da educação, sob todos aspectos que ela se vincula, inclusive àqueles que estão além dos muros da escola enquanto estrutura física. Por fim, o diálogo com a imprensa da cidade, pioneira na propagação de informações dos mais diferentes aspectos, possibilitou compreender como o trabalhador se preparava para uma das práticas mais contestatórias da educação: a atividade in loco, a greve.

Entre as formações de Flaviana, estão doutorado em Ciência Sociais e Humanas pela UFABC, em andamento; especialização em História e Cultura no Brasil Contemporâneo pela Universidade Federal de Juiz de Fora e mestrado em Ciências Humanas, com habilitação em Humanidades, Direitos e Outras Legitimidades, pelo Núcleo de Pesquisa Diversitas / FFLCH/ USP, além da graduação em pedagogia pela Fundação Lusíada de Santos.

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