A Operação Escudo chegou ao seu 12° dia e teve mais um aumento. Até o momento, 246 pessoas foram presas e 16 mortas. Dentre os detidos, 90 eram procurados da Justiça e 15 são adolescentes. Os números foram informados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP).
De acordo com a SSP, 43 armas de fogo, entre pistolas e fuzis foram apreendidos. Também foram recolhidos 720 kg de drogas entre 28 de julho e 7 de agosto.
A Operação Escudo começou após a morte do soldado da equipe de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, no dia 27 de julho, no Morro da Vila Júlia, em Guarujá. O objetivo da ação é combater o crime organizado e o tráfico de drogas.
Policial morto no morro
De acordo com o inquérito, assinado pelo delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá, Antonio Sucupira Neto, os indícios apontam para Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, de 28 anos, como o autor dos tiros que mataram o soldado Reis. Ele confessou que estava no local. Segundo a investigação, ele seria o “segurança” da “Biqueira da Seringueira”, no alto do morro da Vila Júlia.
O irmão de Erickson, Kauan Jason da Silva, de 19 anos, também foi preso. Ele estaria como “olheiro” da boca, avisando sobre a aparição de policiais.
Outro envolvido é Marco Antonio de Assis Silva, conhecido como Mazarope. Ele atuaria como vendedor de drogas na biqueira. No documento consta, que nenhum dos dois impediu que Erickson atirasse no policial, mesmo estando no local. Os três foram indicados pelo homicídio.
O delegado pede que sejam convertidas as prisões dos irmãos, de temporárias para preventivas.
Outras 4 pessoas foram iniciadas por associação ao tráfico de drogas, mas não por participar do homicídio. Eles integram o mesmo grupo que vende drogas na Seringueira, mas não há provas de que estivessem no local.
Defesa
Segundo o advogado de Erickson, Wilton Felix, o homem é inocente e estava no local comprando drogas, pois seria usuário. De acordo com a defesa, assim que Deivinho ouviu os disparos fugiu do local.
O advogado informou que como as imagens de Erickson estavam sendo veiculadas como o principal suspeito da morte do PM, ele foi para outra cidade, mas resolveu se entregar “de livre e espontânea vontade” no dia 30 de julho, na Zona Sul de São Paulo.
Aumento no policiamento
Em entrevista coletiva no dia 31 de julho, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário Guilherme Derrite, deram detalhes sobre a operação. Foi anunciado pelo governador o aumento do policiamento, além de uma nova unidade policial, em Guarujá.
Segundo Tarcísio de Freitas, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.