O médico Alexandre Pedroso Ribeiro, de 55 anos, responde judicialmente por dois processos. O primeiro, que resultou em sua condenação em maio de 2022, se refere à um episódio em que o mesmo teria facilitado um homicídio dentro de um hospital de Guarujá, onde trabalhava. A vítima teria entrado em confronto com membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), maior facção criminosa do país, o que o levou à unidade de saúde. Os criminosos, com a ajuda do acusado, entraram no local e o executaram.
Alexandre foi condenado e passou 1 ano e 5 meses preso na Penitenciária 1 de Presidente Venceslau, tendo sua liberdade concedida pela Justiça em novembro/2023. Ele saiu do regime fechado para cumprir prisão domiciliar. O motivo apresentado da decisão teria sido o fato do médico estar apresentando problemas psiquiátricos devido sua dependência em drogas e álcool, além de episódios depressivos graves. O acusado também é réu primário.
O Ministério Público (MP), porém, recorreu da decisão, alegando que as medidas cautelares seriam insuficientes e desproporcionais à gravidade dos crimes cometidos pelo acusado, e pediu a prisão preventiva novamente. O réu voltou a ser preso no dia 30 de novembro de 2023, dentro de uma ala de isolamento psiquiátrico.
Alexandre também responde por outro processo, é indiciado por tráfico de drogas. Em outubro de 2021, 62,3 quilos de cocaína foram descobertos na casa do médico, no Condomínio Acapulco, na Praia de Pernambuco. Segundo a investigação, a droga teria sido colocada no local por integrantes do PCC. O réu, além de declarar não saber que o entorpecente estava em sua casa, e que não era o dono, também alegou ter emprestado a casa para um amigo e um conhecido, os quais poderiam ser os responsáveis.
O juiz do caso não acatou a defesa, e agora o condenou à 8 anos e 9 meses de reclusão, aumentando assim, a sua pena-base em três quartos. Além disso, o réu foi condenado ao pagamento de 875 dias-multa, fixando cada um em cinco salários mínimos, o que totaliza R$ 6.177.550,00.
A droga apreendida na casa de Alexandre está avaliada em mais de R$ 7,5 milhões, e a quantidade era suficiente para abastecer todos os pontos de tráfico da região.