Motorista e ex-cunhado de mãe que tirou o filho à força da avó são indiciados; Caso já é tratado como cárcere privado

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As investigações do paradeiro de Manuela Xavier, de 40 anos, mãe de Lorenzo, de 5 anos, que tirou o filho à forças da avó paterna no último dia 23, continuam. A Polícia já havia divulgado que a localização da mulher foi descoberta devido ao sinal de celular dela, que indicou a região onde estaria com a criança. Porém, as investigações prosseguem para identificar o endereço exato em que ela se encontra.

No inquérito, despachado no último domingo (5), dois homens foram indiciados, pois teriam trabalhado em conjunto com Manuela, cada um tendo uma função para a ação ser bem sucedida. Maxwell Vegner Martins Nunes, de 38 anos, foi o motorista do carro em que a mãe fugiu, e já havia sido localizado.

Em seu depoimento, os passageiros foram deixados em uma estação de metrô, em São Paulo. Ele afirmou não saber que Manuela teria “subtraído” a criança.

O segundo homem identificado, trata-se de Erivan Francisco da Silva, de 41 anos, reconhecido pelo pai de Lorenzo como ex-cunhado da mãe do menino. Ele aparece no vídeo, de camiseta azul, fora do carro, e foi o responsável em garantir que Manuela conseguisse levar a criança sem ser impedida.

As investigações, que antigamente eram tratadas como ‘subtração de incapaz’, agora podem ser consideradas como ‘cárcere privado’, que significa deter alguém indevidamente e contra sua vontade, com liberdade restrita.

A dupla ainda não foi presa, e o pai e a avó paterna de Lorenzo, seguem sem notícias do menino.

Relembre o caso

No último dia 23, pela manhã, Manuela Xavier, de 40 anos, tirou seu filho à força dos braços da avó paterna, que levava a criança à escola, no bairro Ponta da Praia, em Santos, litoral paulista. O caso repercutiu nas redes sociais devido a forma em que a ação aconteceu, visto que o garoto, Lorenzo, de 5 anos, parecia assustado.

Um carro a esperava, enquanto Lorenzo era puxado pela mulher, e colocado dentro do veículo. O pai da criança, Eduardo Cassiano, de 51 anos, é quem tem a guarda do menor na Justiça, e a divide junto com sua mãe (avó do menino). Manuela, portanto, tem o direito de visitas e de acompanhar e supervisionar as decisões quanto à criação do filho.

Porém, após o ocorrido, Eduardo alega que Manuela não era presente na vida de Lorenzo, que fazia poucas visitas e que já vinha alegando que iria se mudar para Aracajú (SE), e que levaria o menino “independente do genitor concordar ou não”. Uma tutela de urgência foi pleiteada para firmar o direito do pai e da avó, na ocasião.

A mulher enviou um vídeo para a Equipe TH+, se defendendo e dizendo que sua ação foi um “ato de desespero”. Em sua fala, Manuela também afirma que a história não é do jeito que Eduardo conta, e alega ter inclusive boletins de ocorrência contra o homem por agressão.

Ela também diz que Lorenzo está bem, que quer ficar com ela, mas que o pai não deixa ela ter contato com o menino desde o começo do ano por não aceitar o término da relação.

Um mandado de busca e apreensão do garoto foi expedido, e as buscas e investigações seguem pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) junto à Polícia Civil.

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