Mulher que fez a denúncia de importunação sexual contra Falcão se manifesta pela primeira vez

Foto: Divulgação)

Pela primeira vez, a mulher, de 26 anos, que fez a denúncia contra Paulo Roberto Falcão, devido a importunação sexual, se manifestou sobre o assunto. Ela afirmou estar indignada com o arquivamento do processo, deixou o emprego em um apart hotel de Santos e alegou viver situação de medo.

De acordo o processo, Falcão foi acusado de encostar e esfregar as partes íntimas no braço da mulher. Mas conforme a 2ª Vara Criminal de Santos, o magistrado considerou a falta de indícios do crime que justificassem o prosseguimento do caso.

Segundo ela, há o medo dela se encontrar novamente com Falcão, alegou ter medo de trabalhar e teme por uma reaproximação dele. De acordo com a mulher, ela trabalhava no apart hotel do Gonzaga há seis meses no apart hotel e nunca tinha passado nada parecido com outros hóspedes. Ela relatou que as interações entre eles eram profissionais. Mas isto até o ex-jogador invadir o balcão da recepção duas vezes.

Segundo ela, na primeira vez Falcão se aproximou e disse não sabia que tinham câmeras de monitoramento no local e encostou as partes íntimas no braço dela. A mulher afirmou que se afastou e pediu para a gerente do apart hotel verificar as imagens. No entanto, ela preferiu ficar calada.

Só que dois dias depois, a ação foi semelhante. A vítima relatou que numa escultura no apart hotel, que fica distante do local, Falcão invadiu a recepção dizendo o quanto a estrutura era bonita e encostando as partes íntimas no braço dela.

Segundo ela, Falcão já teve esse comportamento com a faxineira que trabalhava para ele. Diante destas ocorrências, a mulher alegou que está revoltada e se sente injustiçada.

Defesa

Apesar da decisão do arquivamento do caso, os advogados da mulher garantiram que vão fazer uma investigação minuciosa em todos os aspectos, para garantir que os direitos da mulher sejam respeitados. “Este caso de importação sexual ressalta questões cruciais que envolvem o sistema de Justiça e a forma como as denúncias desse tipo são tratadas”, alegaram os advogados, em nota.

Os representantes da mulher afirmaram também que a decisão pelo arquivamento “deixa dúvidas sobre a eficácia das medidas existentes para abordar crimes de importação sexual e proteger as vítimas”. Eles disseram que irão recorrer a decisão.

Falcão

Falcão pediu demissão do cargo e, por meio das redes sociais, afirmou na época: “Em respeito à torcida do Santos Futebol Clube, pelos recentes protestos diante do desempenho do time em campo, decidi deixar o cargo de coordenador esportivo”.

Ele ressaltou que o primeiro sentimento, ao tomar a decisão, foi o de defender a imagem da instituição. “Sobre a acusação feita nesta sexta-feira (4 de agosto), que recebi com surpresa pela mídia, afirmo que não aconteceu”.

Após a decisão do arquivamento, Falcão afirmou, por meio das redes sociais, que “as manifestações da Delegada de Polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário afirmaram inexistir quaisquer indícios de crime.

“De minha parte, foram 77 dias de silêncio, em respeito às autoridades e à investigação, que corria em sigilo. Sempre acreditei que os fatos seriam devidamente esclarecidos. Agora, posso seguir com o meu trabalho, os meus projetos e a minha vida”, alegou o ex-jogador.

Falcão também expressou gratidão às pessoas que, segundo ele, não fizeram prejulgamentos. “Espero que esse caso, que despertou tantos ataques precipitados contra mim, contribua para que as pessoas reflitam mais antes de condenar alguém”, acrescentou.

Por fim, o ex-jogador falou sobre pessoas próximas. “Agradeço à minha família, aos amigos, aos colegas e a todas as pessoas que me enviaram manifestações de apoio e de carinho”.

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