As mulheres precisam ter uma atenção especial com a tireoide, que é a glândula responsável por produzir hormônios que regulam diversas funções do organismo, como o sono, memória, raciocínio e batimentos cardíacos. O público feminino é o mais suscetível a contrair o câncer de tireoide.
O médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço, Dr. Rogério Dedivitis, diz que a tireoide tem uma atuação fundamental para o funcionamento do corpo, é necessário ter atenção aos sintomas que podem indicar alterações nas glândulas ou surgimento de nódulos no local. Porém, se for pequeno, pode permanecer presente por anos, sem ser notado ou sentido.
“Nódulos tireoidianos prevalecem nas mulheres. O distúrbio mais comum é o hipotireoidismo, quando a glândula produz menos hormônios do que o necessário. Na maioria dos casos, o aparecimento do hipotireoidismo tem relação com uma predisposição genética a uma doença autoimune como a tireoidite de Hashimoto.”
Conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) 84% dos casos de câncer da tireoide são em mulheres. A estimativa do triênio 2023-2025 é 16.660 no total de casos no Brasil. Destes, 2.500 em homens e 14.160 em mulheres.
O câncer de tireoide pode ser diagnosticado precocemente e curado na maioria dos casos. Dr. Dedivitis ressalta quais são as principais formas para detectar a doença. “Ultrassonografia é um método de baixo custo, seguro, não invasivo e de resultado imediato, além de não expor o paciente a radiação. É utilizada tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento, além de indicar os casos que necessitem punção”.
Por que examinar a tireoide anualmente é tão importante?
Dr. Rogério Dedivitis destaca que “A glândula tireoide atua produzindo hormônios que regulam o metabolismo de todo o organismo, portanto, qualquer disfunção nesse processo pode resultar em diversos sintomas sentidos por todo o corpo, desde cansaço extremo e mudanças repentinas de humor até alterações de peso e perda de cabelo”, conta.
“Exame preventivo, realizado anualmente, ajuda a diagnosticar possíveis alterações ainda nos estágios iniciais, permitindo a intervenção médica antes do desenvolvimento dos sintomas e melhorando os resultados do tratamento”.
Sintomas comuns:
- Rouquidão persistente e/ou alterações da voz;
- Inchaço no pescoço;
- Dor no pescoço;
- Mudança do padrão de crescimento de um nódulo já em seguimento.
- Tosse constante;
- Dificuldade para engolir;
- Problemas para respirar.
