Mutirões contra o Aedes em Santos detectam menos focos em 2024, mas alerta para combate a doenças continua

Foto: Raimundo Rosa / PMS

Os mutirões de combate ao Aedes aegypti em 2024 chegaram ao fim no último dia 21, com 1.348 focos eliminados do mosquito transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika. Apesar de terem sido encontrados menos focos do que em 2023, quando 2.711 foram eliminados, o número de casos de dengue aumentou de 712 no ano passado para 5.222 este ano em Santos. Os dados reforçam a urgência de manter o combate ao mosquito como prioridade, alertando a população para não baixar a guarda.

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Ana Paula Valeiras, ressalta a importância desse sistema de trabalho da Prefeitura. “Os mutirões são uma das estratégias que utilizamos em toda a Cidade, especialmente onde houver registro de casos de dengue. Apesar de termos encontrado focos em menor número, os casos de dengue aumentaram, portanto é necessário considerar que as arboviroses estão presentes no Município e as ações de controle não podem parar. Para o próximo ano, temos um Plano de Contingência e estamos preparados para a prevenção”.

O secretário de Saúde, Denis Valejo, reforça a importância de a população buscar também as vacinas contra a dengue. “Foi uma novidade no combate das arboviroses que tivemos neste ano, muito desejada, mas pouco procurada pelos pais. É extremamente importante que as crianças de 10 a 14 anos tomem suas doses para controlarmos os casos”.

As vacinas estão disponíveis em todas as policlínicas da Cidade. São duas doses com um intervalo de três meses entre elas. Atualmente, apenas 28% do público-alvo tomou a primeira dose. Entre aqueles que já estavam aptos a tomar a segunda dose, menos da metade voltou à policlínica (41%).

CUIDADOS QUE A POPULAÇÃO DEVE TER

A combinação de calor e umidade, típica do verão em Santos, cria um ambiente favorável para a proliferação do Aedes e a atenção deve ser reforçada na época de férias. A elevada população flutuante e a alta circulação de pessoas podem colocar outros tipos de dengue em circulação na Cidade.

O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas tirem 10 minutos por semana para fazer uma vistoria nas suas residências e eliminar possíveis criadouros por conta do ciclo do mosquito, que se desenvolve entre sete e 10 dias. Limpar calhas, manter ralos fechados e prestar atenção na tampa das caixas d’água são alguns dos cuidados básicos que ajudam a interromper o ciclo do mosquito (confira mais dicas abaixo).

PRINCIPAIS DICAS
Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas

Pias – verificar vazamentos e manter ralo vedado

Ralos no chão – tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana

Bandeja externa de geladeira – verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca

Vaso sanitário e caixas de descarga – manter tampados

Calhas e lajes – caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema

Caixas d’água – verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas

Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas – verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente

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