O ônibus usado como escritório itinerante de Eduardo Pereira (PSD), vereador evangélico, que teria se negado a ler um projeto de lei que era voltado ao público LGBTQIAPN+, no último dia 21, foi incendiado durante uma manifestação na noite de quinta-feira (30) em Bertioga, litoral paulista.
Não houve vítimas, e o motivo do vandalismo ainda não foi descoberto. O veículo ficava um período em cada bairro da cidade, com o objetivo de atender a população. Desde fevereiro, o coletivo se encontrava no bairro Boraceia.
As imagens mostram o ônibus já em chamas, e câmeras de monitoramento da região ajudarão a achar os responsáveis pelo incêndio.
Relembre o caso
Em Bertioga, Eduardo Pereira (PSD), vereador evangélico, teria se negado a ler um projeto de lei que era voltado ao público LGBTQIAPN+, no último dia 21. O parlamentar se levantou imediatamente. “Ah não, Renata, vou sair fora”, disse o homem se dirigindo à autora, Renata da Silva Barreiro (PSDB). Em sua defesa, o político alega ter sido escolhido para a leitura devido à sua religião.
O projeto de lei nº 035/2023, prevê a criação do programa ‘Respeito tem Nome’, que tem como objetivo, garantir o atendimento digno e facilitado a pessoas trans e travestis na obtenção de documentos necessários para a alteração do primeiro nome e gênero em registros.
Renata, após a aprovação do projeto nesta 1ª discussão, se pronunciou sobre o caso dizendo que se resume a respeito. “Estou falando de respeito, falo de cidadania, de ser humano e de humanização. A minha religião é Deus e ela me permite que eu aceite qualquer tipo de pessoa”, disse a autora.
A Equipe do TH+ entrou em contato com o vereador, que se pronunciou em nota: “Na minha posição de cristão, percebi que o projeto foi passado pra eu fazer a leitura por essa questão, eu não fiz a leitura e não hostilizei ninguém, nem fiz críticas ou alguma consideração. Mas está sendo feito uma polêmica sem necessidade, a autora do projeto fez a leitura, o projeto foi aprovado e está pra ser votado em segunda discussão, trâmite normal da casa.
Assim, como respeito a todos, também mereço respeito na minha posição de não ter feito a leitura. Deus ama a todos e eu também, mas estou no meu direito de não ter feito a leitura. Nesse sentido não tenho nada mais a me manifestar”.