Operação conjunta prende integrantes de facção em SP e realiza mandados de busca e apreensão no Litoral

Créditos: Divulgação

Nesta terça-feira (12/09), foi realizada a segunda fase da Operação Sharks, envolvendo o Ministério Público (MPSP), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Militar. Três pessoas, suspeitas de pertencerem a uma facção, foram presas e também foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo (22) e na Bahia (4). Na Baixada Santista, mandados de busca e apreensão foram cumpridos e um homem foi preso.

A missão foi desarticular facções especializadas em lavagem de dinheiro. Tudo começou quando em 2020, promotores de Justiça receberam informações do esquema de lavagem de dinheiro. Desde então, foram cruzados diversos dados para chegar até os alvos, mirando os principais líderes. De acordo com as provas coletadas, a cúpula da organização movimenta anualmente cerca de R$ 100 milhões, valor decorrente do tráfico de drogas e da arrecadação de membros da facção.

Em julho deste ano, um homem foi preso, enquanto estava em um resort de luxo em Pernambuco. De acordo com as investigações, ele ocupa uma das mais altas posições na facção, sendo o responsável por gerenciar parte do tráfico de drogas do exterior para o Brasil. Além disso, o homem também atuava em esquemas para lavagem de dinheiro. Com o denunciado, as autoridades apreenderam documentos de identificação falsos, cartões de crédito e celulares.

Já na segunda fase da Operação Sharks, de acordo com as investigações do MP, os quatro presos atuavam como “laranjas”. Dois deles foram presos em flagrante por posse de arma de fogo.

Na a operação foram cumpridos 22 de busca e apreensão, que resultaram na apreensão de um revólver calibre 257 com quatro munições, de R$ 65,6 mil reais, de 4.268 dólares e mais 2.745 euros. Além disso, também foram apreendidos 35 relógios de luxo e diversos aparelhos celulares, notebooks, pen drives e cartões bancários. 

O THMais procurou o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública, para apurar as ações realizadas na Baixada Santista. Um homem foi preso em Praia Grande. Mas questionados sobre as apreensões na região, não houve retorno. Assim que divulgarem, terão as respostas divulgadas.

Detalhes

Segundo o promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, a organização criminosa enviou ao exterior cerca de R$ 1,2 bilhão. Já a segunda fase da Operação Sharks tinha como objetivo, causar o sufocamento financeiro do grupo.

“Estamos atacando o patrimônio de núcleos formados por dois líderes: Marcos Roberto de Almeida (‘Tuta’) e Odair Mazzi (‘Dezinho’). Só esses eixos movimentaram em certo período mais de R$ 100 milhões. Com os mandados cumpridos hoje, verificaremos a questão do sequestro de imóveis e bens de luxo, como joias e relógios”, explicou.

Só em relógios, um dos investigados possuía o equivalente a R$ 2 milhões. O promotor acrescentou que denúncia relativa à operação deve ser oferecida à Justiça nos próximos dias.

Para Fabio Bechara, os grandes desafios para fazer frente à lavagem de bens promovida pela organização criminosa estão ligados à fragilidade dos sistemas para abertura e alteração de empresas e também quanto à fiscalização dos documentos públicos e particulares.

“Isso traz uma grande facilidade para essas transações de lavagem de dinheiro aconteçam de forma muito diluída e capilarizada”.

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