Outubro Rosa também reforça o alerta contra o câncer de colo de útero

Créditos: Divulgação

Quando se fala em Outubro Rosa, logo é associado ao cuidado com o câncer de mama. Porém foi inserido pelo Ministério da Saúde na campanha, outro tipo de câncer que é muito recorrente para as mulheres: o câncer de colo de útero.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 17 mil casos de câncer de colo de útero são diagnosticados por ano. Deste total, mais de 6,6 mil mulheres morrem em decorrência da doença. Por isso a necessidade de inserir a enfermidade dentro da doença.

O THMais conversou com a Doutora Waleska de Carvalho. Ela deu mais detalhes sobre a campanha do Outubro Rosa e atenção que as mulheres devem ter com o câncer de mama, mas também com o câncer de próstata.

“O Outubro Rosa é o mês da conscientização da prevenção do câncer de mama. O câncer de mama é dos mais frequentes entre as mulheres e o que mais mata. Porém quando incentivamos a prevenção do câncer de mama, devemos também orientar a paciente a cuidar da sua saúde”, explica.

“Quando a paciente procura o ginecologista para a prevenção do câncer de mama, ela passa por exames de rotina, realiza o papanicolau para prevenção do câncer de colo uterino, realiza exames de sangue, orientamos sobre o estilo de vida a manter hábitos saudáveis. Incentivamos a prática de exercícios físicos, se estiver acima do peso, orientamos a perda de peso”.

A médica dá detalhes sobre o que é o câncer de colo de útero e a importância que ele possui para o corpo e os cuidados para prevenir este tipo de doença.

“O colo uterino é uma porção do corpo que une a vagina com o corpo do uterino. Possui funções importantes como produção de muco cervical com substâncias bactericidas que protege contra bactérias evitando doenças e também ajuda a locomoção dos espermatozoides auxiliando a reprodução”.

“O câncer de colo uterino é o terceiro câncer mais frequente entre as mulheres e existem fatores de risco, como o início precoce da vida sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e a presença do vírus HPV, este sendo o fator de risco mais importante, as mulheres portadores de HPV de alto grau tem 70 % de chance de adquirirem o câncer de colo uterino.

Prevenção e tratamento

Dra Waleska conta sobre o que pode ser feito para tratar e curar as mulheres contra o câncer de colo de útero. “Existem medidas preventivas para o câncer de colo uterino é a mais importante e a mais efetiva é a vacinação contra o HPV principalmente nas meninas que não iniciaram sua vida sexual.”

“O tratamento do câncer de colo uterino irá depender do estágio da doença, das condições gerais da paciente e do desejo ou não ter filhos no futuro. O tratamento pode ser através de cirurgia, quimioterapia e radioterapia”, explica.

“Quando o tumor é inicial está restrito ao colo uterino, pode ser feito uma cirurgia conservadora que é a conização, retirada apenas uma parte do colo uterino. Porém se o tumor está além do colo uterino é realizada a retirada do útero, parte da vagina, paramétrio e podendo também retirar os ovários. E em casos mais avançados do tumor pode ser realizado à radioterapia e a quimioterapia”.

“Depois da mulher receber alta do tratamento do câncer de colo uterino, ela deve fazer seus exames de rotina. Se o colo uterino for preservado deve fazer anualmente o Papanicolau, realizar ultrassom transvaginal e de abdominal total, ressonância da pelve e Raio-X de tórax. É necessário certificar que a doença não voltou”, conclui.

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