Pera ferroviária será implantada no Porto de Santos e empresa portuária vai mudar de endereço

Créditos: Divulgação/Marimex

Demorou, mas terminou com um “final feliz”, um entendimento entre a Autoridade Portuária de Santos (APS) e a Marimex. Nesta quinta-feira (10) foi confirmada a transferência da empresa Marimex, para área de 102 mil m2, do antigo Teval. O local onde era a empresa vai contar com uma pera ferroviária.

O novo sistema visa aumentar em 20 milhões de toneladas/ano o escoamento de granéis vegetais, atendendo 13 terminais da margem direita do Porto de Santos.

O sócio majoritário da Marimex, Antônio Carlos Fonseca Cristiano, o Caio, o presidente da Autoridade Portuária, Anderson Pomini, o presidente da Ferrovia Interna do Porto de Santos (Fips), João Almeida e o prefeito de Santos, Rogério Santos (PSDB), assinaram o Termo de Liberação.

Com isso, segundo a Autoridade Portuária, o entendimento põe fim a uma polêmica e tornará o Porto de Santos mais competitivo e eficiente.

A pera ferroviária será construída pela FIPS, uma sociedade de propósito específico que reúne a Rumo, a MRS Logística e a VLI. O prazo para a conclusão de toda a operação – mudança da Marimex e conclusão da pera, é de 36 meses.   

Entenda o caso

A disputa judicial envolvendo a companhia Marimex e o Governo Federal vinha impedindo a construção de uma pera ferroviária no Porto de Santos, estrutura considerada necessária para ampliar a capacidade logística do maior porto do hemisfério sul, também o mais importante para o escoamento de commodities agrícolas do Brasil. Há mais de 10 anos que se fala na necessidade de implantação da pera ferroviária na margem direita do Porto.

A pera ferroviária é um pátio em formato circular que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembramento do trem. O projeto, agora autorizado, viabilizará a implantação da pera em torno da área a ser entregue pela Marimex. A judicialização havia chegado ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). 

A falta de entendimento vinha prejudicando a solução que evitaria um gargalo no setor portuário, principalmente porque a capacidade de transporte ferroviário de cargas “serra acima” ultrapassará, a médio prazo, as 90 milhões de toneladas. A movimentação de grãos do agronegócio brasileiro está chegando perto de 85 milhões de toneladas/ano.  

Logo quer assumiu, o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, abriu diálogo com a Marimex, realizando seguidas reuniões que chegaram ao consenso agora divulgado.

“A atual diretoria, seguindo orientação do ministro Márcio França, busca soluções para o Porto de Santos crescer ainda mais, gerando riqueza e empregos para a região e o País”, afirmou Pomini.

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