A Operação Só oficial foi deflagrada pela Polícia Federal para apurar a prática de fraudes na internet envolvendo um site falso do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), com o intuito de induzir pessoas a efetuarem pagamentos indevidos de taxas de inscrição para a edição da prova do ano passado.
Na ação, que foi iniciada na manhã desta quinta-feira (10), os agentes cumprem dois mandados de busca e apreensão domiciliar na cidade de Praia Grande. Medidas restritivas de bens foram implementadas para bloquear o montante obtido com a prática do crime investigado, que gira em torno dos R$ 3 milhões.
Segundo a Polícia Federal, durante o período oficial de inscrições do ENEM no ano passado, os investigados criaram páginas falsas na internet para simular o ambiente oficial do INEP. Dessa forma, os usuários enganados realizavam pagamentos via Pix acreditando estarem se inscrevendo regularmente no exame. Os valores foram direcionados para uma conta bancária vinculada a uma empresa privada.
A investigação aponta que os recursos foram recebidos por meio de uma fintech, em conta corrente de titularidade da empresa envolvida, sobre a qual há diversas reclamações na internet por práticas semelhantes de cobrança indevida sem entrega de serviços ou produtos.
Um dos investigados possui 15 anotações criminais em seu nome relacionadas ao crime de estelionato.
Além do prejuízo financeiro, os candidatos enganados que não realizaram inscrição válida no sistema oficial foram eliminados do ENEM 2024. A PF seguirá com as investigações para identificar todos os envolvidos, apurar a extensão dos danos e responsabilizar o grupo criminoso pela prática de fraude eletrônica com uso de meio virtual, em continuidade delitiva.
