Poder Naval atua há 150 dias coibindo crimes no Porto de Santos

Militares da Marinha do Brasil (MB) estão atuando há 150 dias no Porto de Santos, com o intuito de combater o tráfico de drogas e de armas, além de outros crimes transnacionais. Quase dois mil militares foram empregados na Operação “Lais de Guia”, que ocorre no âmbito da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), prevista para durar até 3 de maio deste ano, conforme o Decreto assinado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro de 2023.

Durante todo este período, já foram realizadas 9.540 abordagens, apreendidos mais de 93 quilos de drogas, três armas e munições, além de oito veículos e maquinários. Além de embarcações, contêineres e cargas, as inspeções se estenderam também à tripulantes, passageiros e, até mesmo, a funcionários do Porto de Santos. Até agora, 5.973 pessoas foram revistadas, e mais de 4.500 bagagens inspecionadas.

Mais de 131 navios (cascos, contêineres e cargas) já foram inspecionados. A atuação de mergulhadores da MB tem sido fundamental para evitar uma atual e crescente modalidade de tráfico de drogas e armas: o acoplamento desses ilícitos nos cascos dos navios que rumam para águas internacionais. A média de atuação destes militares é de mais de uma ação de mergulho por dia.

As missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ocorrem nos casos em que há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, em graves situações de perturbação da ordem. O decreto assinado em 2023 estabelece a atuação de militares em ações preventivas e repressivas nos portos de Santos (SP), do Rio de Janeiro (RJ) e de Itaguaí (RJ); bem como nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Tom Jobim (RJ).

Segundo o governo federal, esta é a primeira vez que uma missão de GLO contempla áreas específicas de controle federal, e não interfere na atuação dos estados ou do Distrito Federal. De acordo com o Ministério da Defesa, trata-se de uma operação “específica” para os três portos e os dois aeroportos. Toda a missão está sendo realizada de forma articulada com órgãos de segurança pública, como a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).  

“O que já estamos fazendo é ter presença em áreas federais. Não vamos suprimir a área de competência das polícias do estado ou do município”, ressaltou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, explicando que, mesmo portos e aeroportos já sendo policiados por órgãos federais, a medida possibilitará uma maior integração entre militares e agentes da segurança.

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