Operação Escudo: Polícia apreende rádios e cocaína no “Vale da Morte”, em Guarujá

Foto: Redes Sociais / Guilherme Derrite
Vídeo: Redes Sociais / Guilherme Derrite

A Polícia Militar Ambiental apreendeu oito rádio comunicadores que seriam usados por criminosos e tijolos com pasta base de cocaína, na mata do morro da Vila Júlia, em Guarujá, no trecho conhecido como “Vale da Morte”. As apreensões foram divulgadas nesta segunda-feira (7). A ação faz parte da “Operação Escudo”, com objetivo de combater o crime organizado e o tráfico de drogas.

O vídeo foi divulgado nas redes sociais do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e mostra a apreensão dos policiais.

De acordo com a postagem de Derrite: “A Polícia Militar Ambiental encontrou rádios comunicadores e muita pasta base de cocaína durante a Operação Escudo, na Baixada Santista. Seguimos combatendo a raiz da criminalidade no litoral.”

A Operação Escudo chega ao seu 11° dia com 16 pessoas mortas e 181 presas. O total de drogas apreendidas pelas polícias Civil e Militar chegou a 495 kg. Também foram recolhidas 22 armas entre pistolas e fuzis. Em uma única apreensão, os policiais tiraram de circulação 21 kg de pasta base de cocaína, quantidade que é vendida por valores em torno de R$ 1,5 milhão na Europa.

Entenda mais

Foto: Reprodução

A Operação Escudo acontece após a morte do soldado da equipe de Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Patrick Bastos Reis, que foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Júlia, no dia 27 de julho.

De acordo com o inquérito, assinado pelo delegado titular da Delegacia Sede de Guarujá, Antonio Sucupira Neto, os indícios apontam para Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, de 28 anos, como o autor dos tiros que mataram o policial. Ele confessou que estava no local. Segundo a investigação, ele seria o “segurança” da “Biqueira da Seringueira”, no alto do morro da Vila Júlia.
O irmão de Erickson, Kauan Jason da Silva, de 19 anos, também foi preso. Ele estaria como “olheiro” da boca, avisando sobre a aparição de policiais.

Outro envolvido é Marco Antonio de Assis Silva, conhecido como Mazarope. Ele atuaria como vendedor de drogas na biqueira. No documento consta, que nenhum dos dois impediu que Erickson atirasse no policial, mesmo estando no local. Os três foram indicados pelo homicídio.

O delegado pede que sejam convertidas as prisões dos irmãos, de temporárias para preventivas.
Outras 4 pessoas foram iniciadas por associação ao tráfico de drogas, mas não por participar do homicídio. Eles integram o mesmo grupo que vende drogas na Seringueira, mas não há provas de que estivessem no local.

Defesa

Foto: Reprodução

Segundo o advogado de Erickson, Wilton Felix, o homem é inocente e estava no local comprando drogas, pois seria usuário. De acordo com a defesa, assim que Deivinho ouviu os disparos fugiu do local.

O advogado informou que como as imagens de Erickson estavam sendo veiculadas como o principal suspeito da morte do PM, ele foi para outra cidade, mas resolveu se entregar “de livre e espontânea vontade” no dia 30 de julho, na Zona Sul de São Paulo.

Aumento no policiamento

Em entrevista coletiva no dia 31 de julho, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário Guilherme Derrite, deram detalhes sobre a operação. Foi anunciado pelo governador o aumento do policiamento, além de uma nova unidade policial, em Guarujá.

Segundo Tarcísio de Freitas, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.

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