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Porto de Santos prorroga desconto em tarifas para “navios verdes” e já abriu mão de R$ 40,6 milhões

Os descontos são dados para embarcações com cadastro e pontuação/score positivo no Índice Ambiental de Navios, da Organização Marítima Mundial, e podem chegar a 15%

FOTO: Antaq

A Autoridade Portuária Santos (APS), empresa responsável pela infraestrutura pública do Porto de Santos, está prorrogando novamente, por mais 90 dias, até março de 2026, o desconto que vem sendo dado desde 2023 na tarifa cobradas dos chamados “navios verdes”, com menos emissão de poluentes.

Os descontos são dados para embarcações com cadastro e pontuação/score positivo no Índice Ambiental de Navios (Environmental Ship Index – ESI), da Organização Marítima Mundial (IMO, na sigla em Inglês), e podem chegar a 15%. Aplicam-se ao uso das infraestruturas de acesso aquaviário, cobradas por tonelagem de porte bruto da embarcação.

A aplicação de desconto para navios ambientalmente mais eficientes é um esforço da APS no combate ao risco climático. O setor marítimo responde por 80% do comércio mundial e 3% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), segundo dados da IMO, tornando a transformação dos portos crítica para o cumprimento das metas do Acordo de Paris (tratado internacional adotado em 2015 para reduzir emissões de GEE no sentido de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais). O Porto de Santos busca liderar a transição energética no setor aquaviário nacional.

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Desde 2023, o desconto tarifário ofertado a navios e terminais que adotam práticas sustentáveis é superior a R$ 40,6 milhões. Somente em 2025, a cifra ultrapassa R$ 16,8 milhões. São receitas de que a APS abre mão de arrecadar para incentivar a adequação a exigências globais.

Três frentes de atuação

Para contribuir na descarbonização, os portos devem atuar em três alavancas: eficiência logística, biocombustíveis e fornecimento de energia elétrica renovável.  

O Plano de Descarbonização tem como objetivo traçar diretrizes e metas para descarbonizar as operações de todo o complexo portuário da Baixada Santista – o que inclui as atividades tanto da APS como dos terminais portuários, dos navios que operam no Porto e dos modais de transporte ferroviário e rodoviário. 

A ideia é que o Porto de Santos possa transicionar da energia oriunda de combustíveis fósseis, altamente emissora de CO2, para fontes de energia cada vez mais limpas.

Outro ponto é o desenvolvimento de um projeto pioneiro de eletrificação do cais. A energia limpa e renovável gerada pela Usina Hidrelétrica de Itatinga abastece os cerca de 20 rebocadores que operam no local. Negociações em andamento visam ampliar o fornecimento. A repotencialização da Usina, em fase de estudos, pretende elevar a capacidade de geração, incluindo a produção de hidrogênio verde. A planta, que hoje já atende a quase a totalidade da demanda energética da APS, poderá abastecer diretamente parcela significativa das operações portuárias. 

Já a eficiência logística avança com o apoio do Parque de Inovação Tecnológica de São José dos Campos (PIT), que desenvolve soluções para o sequenciamento de caminhões e navios, reduzindo o tempo de espera e, consequentemente, as emissões. 

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