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Prefeitura de Guarujá diz que esgoto clandestino pode ser causa de virose e que notificou Sabesp

Em nota, a Sabesp disse que adotou as medidas para verificar as solicitações da prefeitura e prestou os esclarecimentos necessários à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

FOTO: Alisson Salles/Folha Press

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de Guarujá, no litoral paulista, afirmou na manhã deste sábado (4) que notificou a Sabesp (companhia de saneamento do estado) sobre a possibilidade de vazamentos e ligações clandestinas de esgoto na região da praia da Enseada, mas não obteve resposta.

A gestão afirma acreditar que esse pode ser o motivo do aumento dos casos de gastroenterocolite aguda -uma inflamação no estômago e nos intestinos delgado e grosso- que tem lotado hospitais da cidade. Outros municípios da região também relatam casos.

Em nota, a Sabesp disse que adotou as medidas para verificar as solicitações da prefeitura e prestou os esclarecimentos necessários à Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Na quinta, a companhia afirmou à Folha de S.Paulo que, na quinta-feira (2), houve um vazamento de esgoto na praia da Enseada. Afirma, no entanto, que a ocorrência não está relacionada ao surto de virose que atinge vários municípios, porque não é possível haver contaminação simultânea em cidades e locais distintos.

Além disso, de acordo com a Sabesp, o problema foi pontual e a limpeza e a higienização já estão concluídas. A empresa esclarece que monitora o sistema de esgotamento sanitário da Baixada Santista e destaca que as fortes chuvas podem sobrecarregar o sistema devido à entrada irregular de água pluvial.

A condição é chamada de virose porque em mais de 95% dos casos é provocada por vírus (norovírus, rotavírus e adenovírus). Outras causas são as bactérias, os parasitas ou a ingestão de alimentos contaminados. O município aguarda o resultado de análises encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz para esclarecer a origem da doença.

De acordo com a coluna Painel, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) enviou ofícios à Sabesp, à Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) e à Secretaria de Saúde estadual para cobrar esclarecimentos sobre o surto de virose no litoral. No documento, Hilton pergunta sobre as medidas adotadas para garantir a qualidade e a potabilidade da água distribuída, a balneabilidade das águas marinhas aos banhistas e o monitoramento dos índices de casos e atendimentos de pacientes com virose nas cidades litorâneas.

O Guarujá tem registrado aumento de casos de virose no início deste ano. Segundo a prefeitura, houve aumento de 42% de queixas relacionadas a quadros de virose nos pronto-atendimentos. Em dezembro, foram realizados mais de 2.064 atendimentos.

A Secretaria Municipal de Saúde de Guarujá afirmou à reportagem que as UPAs Enseada e Rodoviária tiveram aumento de infraestrutura para que os pacientes possam receber o soro. Desde 3 de janeiro, as unidades contam com o reforço de mais um médico e um enfermeiro. A pasta afirma que o tempo de espera neste sábado está menor, mas ainda supera uma hora.

As unidades de Saúde da Família dos bairros Jardim dos Pássaros, Vila Rã e Cidade Atlântica, que faziam apenas atendimento eletivo das 7h às 17h, estão abertas até as 22h sem a necessidade de agendamento de consultas.

Turistas e moradores de Santos e Praia Grande, na Baixada Santista, e de São Sebastião, no litoral norte, também se queixaram de sintomas gastrointestinais.

Os principais sintomas de virose são diarreia, vômitos, dor abdominal, febre, náuseas, dores musculares e de cabeça.

O coordenador da Vigilância Sanitária de Guarujá, Marco Chacon, lembra que para prevenir a contaminação é necessário lavar sempre as mãos e os alimentos, não consumir produtos (principalmente gelo) de origem desconhecida ou que estiverem expostos ao sol, evitar aglomerações e dar preferência a ambientes arejados.

Para diminuir os sintomas é preciso ficar em repouso, beber muita água ou isotônicos, evitar leite e derivados, café, refrigerantes, alimentos gordurosos, crus e grãos. Se o quadro persistir por mais de 12 horas, é importante buscar ajuda médica.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

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